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...E a Internet nos trouxe novos ritmos, uma nova sociedade, baseada nessa loucura que é a globalização. Um mundo rápido demais, com informações indo e vindo numa velocidade inimaginavelmente absurda. Bom, pois temos acesso a qualquer informação que precisarmos em tempo real, onde quer que esteja. Ruim, pois passamos a necessitar mais e mais dessas informações de forma vital e "para ontem". Esta necessidade me assusta, devido à escravidão que nos estamos impingindo. Os mais novos não conseguem imaginar um mundo sem celular ou internte -para eles, a "Grande Rede" deve ser obra da natureza, de Deus... O pior é que os mais velhos (tipo eu assim) também estão dependentes deste novo mundo. Isso sem falarmos na veracidade dos dados que por aí circulam... Há muito tempo recebi um email com o texo abaixo. Na ocasião me chegou como "anônimo". Naquela ocasião, após ler, absorver, fazer algumas mudanças, senti-me na obrigação de divulgar este por e-mail para alunos e amigos. Agora será neste blog. Pois não importa que seja o autor, (a última versão que me chegou foi de que era de um tal George Carlin) a mensagem é simplesmente "indescartável"... Gosto de fazer as pessoas pensarem um pouco...
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O paradoxo do nosso tempo
"Nós falamos demais,
amamos raramente,
odiamos freqüentemente.
Nós bebemos demais,
gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais,
ficamos acordados até mais tarde,
acordamos muito cansados,
lemos muito pouco, assistimos TV demais,
perdemos tempo demais em relações virtuais,
e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens,
mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver,
mas não a viver;
adicionamos anos à nossa vida
e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua,
mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho..
Conquistamos o espaço,
mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores,
mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito;
escrevemos mais,
mas aprendemos menos;
planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar
e não, a esperar.
Construímos mais computadores
para armazenar mais
informação,
produzir mais cópias do que nunca,
mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food'
e da digestão lenta;
do homem grande de caráter pequeno;
lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos,
vários divórcios,
casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos
e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e
muito pouco na dispensa.
Uma vida em que precisamos de muito,
do novo, sempre algo melhor, mais moderno,
e realmente nunca temos nada.
Vivemos o virtual, transformando-o em real,
um real irreal,irracional;
E neste nosso mundo intangível,
dizemos que o tempo é curto,
que os anos passam mais rápido,
seu filho cresceu, suas rugas chegaram,
tudo passou tão depressa...
O tempo, amigo, continua o mesmo:
dias de 24h, semanas com 7 dias, tudo segue igual,
física, lógica, isso não muda:
somos nós que não sabemos mais viver,
nos tornamos escravos de nós mesmos,
presos ao tempo, aos conceitos,
a este mundo que criamos...
Você já olhou para o céu hoje?
Já viu a planta nascendo na calçada?
Reparou nos olhares das pessoas,nos sons do dia,
nas nuances das cores, seus tons?
E agora, o que você está fazendo?
Na internet, lendo um blog...?
O mundo continua lá fora... pense nisso, e saia já daqui!!!!