...por anos era assim que eu acordava: 04 da manhã, lá estava "ieu" vivendo na minha velha e boa Ponta Negra (Natal/RN)!!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NO CÉU...

11/11/11
NO CÉU

... carregando nossas "tralhas" para o paraíso...

“Todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer...”. Assim cantava Evandro Mesquita, lá pelos anos 90. Mesmo sem acreditar na maioria destas baboseiras religiosas, sim, concordo plenamente com o Sr. Evandro, ex-Blitz e atual Paulão, o mecânico de “A Grande Família”. Nunca desejei um céu daqueles cheios de anjinhos gordos e assexuados ao meu redor, tocando músicas de gosto duvidoso. Tinha a certeza de que, ao morrer, se fosse para o céu, morreria de tédio por não encontrar lá nenhum dos meus amigos...

... casa na árvore ou no céu?!?!?!?

Pois bem: há duas semanas, mais precisamente no dia 29 de outubro, um sábado, eu estive no céu. E lá fiquei até dia 31, segunda-feira. Três dias no paraíso. E o melhor de tudo: Sem morrer!!!! Vivinho da Silva, eu e minha “cara metade”.

... até meu pé apreciou a vista da janela...
Descobrimos através do site alugue temporada , mais precisamente no endereço http://www.aluguetemporada.com.br/imovel/p564092877, o endereço do Éden: Lagoa da Conceição, Canto dos Araçás, Florianópolis (só podia ser lá), SC. Sempre que procuramos um lugar para “veranearmos” é no site do www.aluguetemporada.com.br que encontramos nosso destino. Temos encontrados ótimos locais, casas para alugar, pousadas, mas desta vez encontramos simplesmente o lugar ideal!

... Aleluuiaaa!!! Assim é o céu!!!!

Você com certeza verá nas fotos o que estou tentando dizer. Mas pode ter certeza que, assim em imagens, você terá apenas uma vaga noção do que é estar lá. Pois fotos não conseguem trazer detalhes como o perfume das flores ao redor da casa, o canto variado e constante dos pássaros sempre presentes, o barulho da água do riachinho e da cachoeira que passa bem ao lado: todos os dias eu acordava e perguntava para ela: “Amor,  está chovendo?”... Haja paciência!!!

... riacho no Éden. Só vale se for bem acompanhado...

O lugar é tão acolhedor que praticamente hibernamos lá. E cada vez que saíamos, algo que só acontecia raramente, logo dava vontade de voltar “pra casa”.

... relax, baby!!!!

Inspiradora e aconchegante. Totalmente me harmonia com os nossos jantares à luz de velas, “Penne al Funhgi” e “Nachos Calientes”, regados a Vinho Branco e Champagne... E amanhecendo, deliciosos e variados cafés-da-manhã preparados a quatro mãos, deliciosamente engordativos!!!

... jantar saudavelmente romântico!

 Isso sem falar nas tardes onde alternávamos entre contemplarmos o visual absurdamente hipnótico da Lagoa da Conceição, emoldurada pelas árvores ao redor ou assistirmos aos diversos filmes disponíveis em nossa cabana, escolhidos à dedo para a ocasião.

... Naaachoooosss!!! Também preparados a 4 mãos...

É simplesmente o paraíso!!!! E além da casa em si, sua construção e localização, no alto, em meio às árvores balançantes, os detalhes são simplesmente magníficos. Velas artesanais espalhadas estrategicamente pelos cantos da casa; incensos dos mais variados aromas disponíveis; pequenos ramos de jasmins numa garrafinha de vidro na pia do banheiro; cama e mesa de centro estilo japonês (lindo, mas que nos rendeu algumas dores nas costas); roupas de cama e de banho perfumadas, enfim, tudo perfeito.

... dava uma vontaaaade de trabalhar!!!!!

De cada janela parecia que estávamos vendo quadros vivos de natureza! Fora os macacos e pássaros que sempre estavam ao redor de nós, como as gralhas azuis.

... movimento contra a desnutrição e a favor dos quilos à mais...

Além de tudo isto fomos muito bem recebidos pela proprietária do local, Andréa, uma pessoa agradabilíssima. Percebe-se logo de cara que ela prepara a cabana com muito amor e carinho, e sua energia, os bons fluidos ficam ali, espalhados pela habitação, em cada detalhe de um lugar que jamais vou esquecer. Como as lindas flores que nos deparamos ao abrirmos o vaso sanitário. Isso mesmo, enormes flores roxas e coloridas boiando na privada! Não tivesse as visto antes de utilizar o banheiro teria que rever meu almoço do dia anterior...

... cozinha inspiradoramente linda!!!

Havia também uma lareira de ferro que acendemos para afugentarmos o friozinho da noite, lareira esta denominada pela Andréa de Salamandra (não me pergunte o porquê deste nome). E a lenha já estava separada e cortada no tamanho certo para o uso...

...Sra. Salamandra, a Lareira de Ferro...

Quando você chega na casa, lá no alto, já deck ao redor desta, imediatamente tira os sapatos e logo sente a vibração do local. Mas se não quiser ser tão “Roots” quanto nós, há chinelinhos e pantufas à sua disposição...

... viaje no banheiro!!Não, não é um quadro - é a janela mesmo!!!!

Bom, as imagens estão aí. E a dica também: pegue o seu amor e se mande para o céu. Mas, vivo! Garanto que você não vai se arrepender, como nem tudo são flores, sim, há um problema que você terá quando estiver lá, o mesmo que nós tivemos: Ir embora!!!! Acredite, o choque do retorno ao dia a dia, à civilização é muito complicado... Até hoje fecho os olhos e vejo tudo verde e escuto o inebriante barulhinho da água assim....

... viajanão no paraíso!!! Yeah...!!!

... um brinde ao Paraíso!!!! Te amo...!!!


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PARTE 02 - A VIAGEM

CONTINUAÇÃO DA VIAGEM - PARTE 02
... Nós dois - Fontana de Trevi - Roma
Se você leu a primeira parte este Post então deve saber que este não é um simples guia de viagens pela Itália, Espanha ou França. O que decidi colocar aqui são algumas aventuras sobre minha viagem por estas paradas. Com isto, espero, além de presenteá-los com um bom texto, também orientá-lo em alguns aspectos do que vi pela minha curta (e muito bem curtida) viagem pela “Zorópia”...

... Quando os carecas se encaram - Vaticano.
... De como fomos para a Itália, o que vimos, o que fizemos, fotos, o vôo e o retorno... Este Post é continuação de nossa saga pela Europa, e caso você não tenha lido basta clicar no link (http://kikomainieri.blogspot.com/2011/07/viagem-parte-1.html). Espero que goste...



ITÁLIA – ROMA – LOW COST
... Low Cost. Pague para entrar, reze para sair - vivo...

            De paris a Roma. Avião, por opção, Low Cost. Pela Ryan Air. Low Cost (baixo custo) é uma maneira de quem não tem lá muito dinheiro poder viajar de avião. Você vai em vôos pra lá de econômicos, onde só pode carregar uma bagagem de mão e mais nada. E se for mulher terá de se conscientizar que sua bolsa já é a bagagem de mão. Antes de embarcar, além do velho detector de metais, eles mandam você colocar sua bagagem numa espécie de “gaiolinha” metálica. E ela tem que caber ali, senão ela simplesmente não vai. Conforto e atendimento: sabe os vôos da Gol, Web Jet e Azul aqui no Brasil? Não reclame deles se você nunca voou Low Cost pela companhia aérea Ryan Air. Os assentos dos ônibus aqui em Curitiba são muito mais confortáveis que os dos aviões da Ryan Air.
.. bonita a foto né? Guarde bem o nome da Cia Aérea -e evita-a...

Os comissários de bordo não falam: gritam! Sério. La dentro, se você quiser comer algo, ou compra no avião ou morde a língua. Isso mesmo: eles te entregam uma revista com os preços (que você tem que devolver ao final da viagem) e depois passam o tempo todo gritando as “ofertas”, empurrando os carrinhos pelo corredor. De água a perfume, relógio, sanduíche, tudo a preços nada módicos. O melhor de tudo é a aterrissagem. Senti que a roda daquele avião era quadrada, tamanho baque e barulhão ao tocar no solo. Suspeito que eles tenham uma cota para vender produtos e que esta é diretamente proporcional à aterrissagem. Como quase ninguém comprou nada em nosso vôo, foi proposital... E naquele tumulto todo, com crianças chutando e escalando atrás do seu assento, se você conseguir dormir vai acordar no maior susto da sua vida. Aí, se você não tiver caráter e coragem, com certeza se transformará num ser temente a Deus... Sinistro...!!!
... Assim que você fica ao viajar pela Ryan Air em Low Cost.

Isto, senhoras e senhores é Low Cost, pela Ryan Air.



ROMA – HOTEL – ROMA
... cozinha do apartamento hotel em Roma. Cafezes...

            Após o sofrido vôo veio alguém nos buscar no Aeroporto. Calor. De cara o motorista me filou um cigarro... Pois é, lembrou o Brasil. Era um cidadão de meia idade (um pouco mais que meia), orgulhoso de ser italiano, sem em nenhum momento denegrir brasileiros ou estrangeiros em geral. E filão de cigarros. Durante todo o trajeto nos foi dando dicas sobre Roma e história em geral. Senhor bom de se conversar.  A essa altura, minha cunhada arranhava palavras em italiano, o “Cumpadi” ia no inglês e eu no espanhol. E assim conseguimos boas charlas.
... Nós pertinho de "casa" - Il Colosseo.
Roma conserva muitas das suas características. Não falo de simples casas velhas, mas de ruelas e construções de uma época muito, muito distante. O quão distante? Ora, vá estudar um pouco de história... É muito bonito de se ver, mesmo num rápido tour pela primeira noite. Aqui você também vê história o tempo todo.

             O hotel – apartamento onde ficamos tinha uma decoração peculiar, tipo anos 60. E, totalmente Itália, como nos filmes. E todo nosso!!!! Ah, e há duas ou três quadras do Coliseu. Colosseo. Sim, “Il Colosseo” era nosso caminho. E pertinho Após a atribulada atribuição dos quartos “escolham vocês. Não, vocês...”; lá estávamos, prontos para uma dormida. E que dormida, após o tal vôo e tendo sido premiados com “O quarto!”. O dia seguinte prometia...
... cousas do Vaticano. Essa esfera gigante roda...

ROMA – VATICANO – BASÍLICA DE SÃO PEDRO
.. olha a fila aí, gente!!! Vaticano.


            De manhã fizemos nossa segunda compra: Roma Pass (a primeira foi numa padaria). O Roma Pass (http://dicasderoma.com.br/c/roma-pass-161.html) é um cartão que você adquire e tem direito a metrôs, ônibus e algumas atrações turísticas por Roma com direito a furar fila. Você evita as filas enormes e fica em filas menores, compostas por furadores de filas autorizados. Vale à pena. Após o deslumbramento ao passarmos pelo nosso “vizinho”, Il Colosseo, o metrô nos deixou lá, no Vaticano. Era só seguir o fluxo de turistas. Como Paris, Roma também é uma grande Babel.
Conheces? Fica no Vaticano...
            A fila dava vontade de desistir, pois além de enorme, os 40°C nos desestimulava a cada minuto. Aqui vai uma dica importante: não acredite nos inúmeros guias que ficam te rodeando e gritando contigo como se você fosse obrigado a contratá-los. Uma simpática e insistente senhora “colou” na gente, oferecendo-nos seus serviços que incluíam acompanhamento durante o trajeto (algo que não queríamos) e o mais tentador: a promessa de conseguirmos atenuar a previsão de fila de duas horas para vinte minutos. Ainda bem que decidimos não contratá-la, pois o tempo normal da fila foi de quase meia-hora, ou seja, iríamos pagar por algo que tivemos grátis: pouco tempo de fila.
... belezas na Praça de São Pedro. Fotoooss!!!

            Então estávamos nos domínios do Papa. Andamos pela Basílica de São Pedro, percorremos o Museu do Vaticano, onde estivemos na Capela Sistina, dentre outros locais bonitos e inspiradores. Suntuosidade. Lindíssimas pinturas e esculturas que durante muitos séculos oprimiram o povo. Hoje são os guardas da Capela Sistina que nos oprimem: “NO FOTO!!!”. “SHHH...!!!”, com a “delicadeza típica” italiana eles ficam circulando no meio da multidão, mandando o gado (nós, turistas pagantes) circular. Não tire fotos, pois eles ficam do seu lado berrando para você apagá-las. Obedeça-os. Nós, claro, desobedecemos.
            Imagino: como pintar aquele teto enorme, as paredes idem com tamanha perfeição?
... teto no Vaticano. Repare bem na foto.

            Vi no teto da Capela Sistina toda a história da criação do homem, da mulher. O pecado original.  Até a embriaguez de Noé estava lá. E “NO FOTOOOO!!!”. É incrível pensar que Michelangelo, encarregado pelo Papa Júlio II, pintou tudo aquilo contrariado, pois se achava mais um escultor do que pintor. Mesmo assim o fez com tamanha maestria que hoje é considerada um tesouro da humanidade. E duas décadas depois ele ainda retornaria à Capela Sistina para pintar, na parede do altar, a famosa pintura “O Juízo Final”. Lá também há afrescos pelas paredes de Botticcelli, Lucas Signorelli, Cosimo Rosselli... Ficou curioso? Quer ver também? Visite o site a seguir e faça um tour virtual – e admire os detalhes bem de pertinho. Vale à pena... http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html. Subimos no domo da Basílica de São Pedro, todos os 551 degraus, até o topo. Daria pra ver o Papa lá embaixo do tamanho de uma formiga, se lá ele estivesse. E, ao final de cada visita, lojinhas nada sagradas. Comércio de Cristo! Medalhinhas e medalhões, cartões postais, lembrancinhas de todos os tipos e até água benta tinha para vender! Carrego no peito um escapulário – “Made In Vaticano”.
.. a foto anterior, mas ampliada. Reparou? Vaticano,claro...
            Beleza, história, cultura, riqueza... Suntuosidade! O Deus cristão é suntuoso!!!



VATICANO – PRAÇA SÃO PEDRO – DEUS

            Sentado na Praça São Pedro é impossível não refletir – ainda mais de tão cansado, pois além de subir todos aqueles degraus, andamos e descemos tudo de novo.
...Eu, O Iluminado!!!!
            Reflexões: Após ter visto tanta exuberância e riqueza ficou difícil entender como é que Jesus pregava a humildade e Sua Igreja hoje é tão rica e poderosa. Uma religião que se contradiz. Olhando todas as lojinhas no “Templo do Senhor” não pude deixar de lembrar a passagem da bíblia sobre “Jesus e os Vendilhões no Templo”, quando o “Barba” tem um ataque e expulsa negociantes do templo em plena páscoa a chicotadas. Pois é, e os herdeiros de suas idéias ganhando uma fortuna... Sim, até nós ajudamos no orçamento Papal.
... Quase São Domingos!!!
Verdade que num dia você não vê tudo no Vaticano. Mas vimos muitas “cousas”. E eu imaginando como seria ali quando o Papa aparece para a multidão de fiéis... História e tradições. Foram tantos momentos de glória por aqueles muros. Decisões importantes sobre vida e morte, sobre os rumos da humanidade foram tomadas naquele espaço. Poderosos passaram por aquele chão... O mesmo chão onde hordas de turistas e coreanos tiram suas fotos engraçadas e fazem suas piadas, como nós...
... conversa entre Santos ao pé da cruz...

E, metrô, de volta a Roma.
.. chegando ao Colosseo...



ROMA – COLISEU – IL COLOSSEO
.. Ela e eu, no Coliseu. rimou...
            Sim, eu toquei no Coliseu (também conhecido como Anfiteatro Flaviano). Símbolo do Império romano. Il Colosseo. Provavelmente na mesma parede onde há centenas de anos alguém se encostou, esperando o próximo “espetáculo”. Quantas pessoas e animais não morreram ali? Em nome de uma civilização baseada em crenças estúpidas, devorados, queimados vivos ou mortos em combates. Ali foi um palco de arte e selvagerias também. E os reverenciamos hoje. Soube que, após a queda do Império Romano, roubaram o mármore que ali havia para construções de casas. E de Igrejas também, a mando de certos religiosos, incluindo-se aí até alguns Papas. Ladrões roubando ladrões. Assassinos roubando assassinos...
... eu dormi no Colosseo.
            Imagino estar lá sozinho, numa noite de lua cheia. Acho que seria possível ouvir seus mortos, gritos e gemidos.
... Olha a foto que o "Cumpadi" tirou. Legal né? Imagina ao vivo.

            Il Colosseo é grandioso. Lindo. Sua engenharia e arquitetura são invejáveis. Sua imponência. Há que se observar os detalhes, absorver sua história. Há que se deitar num canto qualquer lá dentro, fechar os olhos e sentir. Eu toquei no Colosseo...


ROMA – COLOSSEO - VIA ÁPIA – FORUM ROMANO

... Gladiadores folgados ao pé do Colosseo.
            Então você sai do Colosseo, após exercitar sua paciência numa fila quilométrica de turistas (que não anda, se arrasta) e driblas os “Gladiadores Folgados” (italianos malucos vestidos de gladiadores que ficam pentelhando todos para tirar fotos com eles) e passeia por ali, ao redor. Vai pela Via dei Foiri Imperiali (que dizem fazer parte da Via Ápia Antica) e também pela Via sacra. Sim, ela existe mesmo!!! Tudo isso ao redor do Colosseo, após termos visto o Arco di Constantino. Então você, após passar por ruas antiqüíssimas chega ao Foro Romano e vê as ruínas de toda uma civilização. Vê o Campidoglio (Capitólio), vários templos e vê uma das saídas da Cloaca Máxima. Isso mesmo, você leu certo: cloaca! Uma das mais antigas redes e esgoto do mundo, datada do final do século VI a.C. É, naquela época os romanos já se preocupavam com merda...  Pena que ali não dá pra ver uma curiosa escultura arredondada com um rosto em relevo e uma boca incrustada nela, antes usada como tampa de um dos esgotos – a Boca da Verdade (La Bocca della Verità). Na idade média esta foi usada com oráculo, uma espécie de juiz popular. O suspeito colocava a mão dentro da boca e esta deceparia sua não em caso de culpa. Imagino os critérios do carrasco escondido por trás da escultura...
... Il Foro Romano.
            Andando pelo Foro Romano você vê ruínas gigantescas iguais as que eu via quando era pequeno em fotos de livros de história. Vê estátuas gigantescas nos tetos das grandes construções. Caminha pelo Foro Romano, onde se discutia a justiça dos homens. As colunas que sobraram são imensas. Os prédios, gigantescos. Ruínas.
            E você imagina pessoas ali, noutra época, discutindo questões importantes, vida e morte.
... Belíssima estátua encontrada na Via Ápia.

            E todos morreram. E, agora, tudo são ruínas.  Belíssimas e imponentes ruínas...
... Há "cinquecentos" anos atrás já existima porsches? Repare no Tiozinho torceno o pescoço.

ROMA – TRASTEVERE – JANTAR – FONTANA DE TREVI
... amor, um brinde à nós
            Margeando o rio Tibre, mais precisamente na sua margem ocidental está um bairro pitoresco, tipicamente romano: Trastevere. Restaurantes de várias nacionalidades à margem do rio, alguns com pufes ao redor das mesinhas, comida árabe, russa; tudo muito bonito mesmo.
            Queríamos comida italiana mesmo. Mesinhas ao ar livre, flores ao redor do restaurante, em meio a uma singela e charmosa ruela. Após esperarmos um bom tempo, conseguimos. Vino – viva Baco!! Pizza: individual, gigaaante!!! Molhos divinamente deliciosos, mas a massa da brasileira é melhor!
... ziiim, Fontana...
            E fomos à Fontana di Trevi. À noite, como bem nos indicaram.
            Espetáculo de águas, luzes e estátuas. E muita, muita gente. Jogamos moedas na fonte, de costas. Desejos. Pedidos. Eu, claro, joguei moeda de centavos e não de cents...
            Água cristalina e gelada da fonte. Fonte imensa, ocupando mais de meia quadra. Quando você vir as fotos, pode acreditar que aquela é a cor da água real, sem Photoshop. Água. Muita água em movimento. Simplesmente um dos lugares mais bonitos da viagem.
            Comprei um souvenir. Uma mini Fontana di Trevi. Sem água, meio sem graça, mas cada vez que a vejo lembro da água, das luzes, dos pedidos... Eu estive lá.


ROMA – FIRENZE – TREM BALA
... Nós no Trem Bala...
            Trezentos quilômetros por hora num trem. Absurdo. Por isso o chamam trem bala. Tão inimaginável que você só se dá conta que está rápido demais quando olha perto dos dormentes, próximo à linha dos trilhos. Ou então quando cruza com outro trem bala na direção oposta. É bem como nos filmes. Um conselho: não espere muito do Cappuccino do trem, a menos que você se contente com um cafezinho com leite desses de botecos aqui no Brasil. Para mim, o melhor ainda é o do meu amigo lá na Praça Tiradentes (ver Post http://kikomainieri.blogspot.com/2011/05/uma-terde-segundo-eu.html). Pela janela, lindas e intermináveis plantações de girassóis que teimavam em não ficarem bem nas fotos. Tudo bem, está tudo guardado em nossas memórias.
Plantações de Girasol vistas a 300 Km/h...

            Firenze. Você caminha até chegar à Igreja Duomo, em La Piazza Del Duomo. Credo, é muito Duomo. Mesmo à noite, paramos. Mudos, observamos sua construção, suas cores, os detalhes, o tamanho. Outra vez: suntuosidade! Chama-se Basílica di Santa Maria Del Fiore e é um registro da riqueza e do poder da capital da Toscana nos séculos XIII e XIV. Riqueza, claro, da Igreja Católica. Cores como verde, brando, tudo em mármore, iluminada pelos olofotes dos tetos das casas ao redor da praça. Muito bonito. Muito grande! Mesmo!
... Firenze. Catedral Duomo. Tão grande que não coube na foto.
            Ali perto jantamos. Comi Spaghetti al Pomodoro. Magnífico! E, claro, Il vino!
            Ainda tínhamos o próximo dia em Firenze. Suas ruelas são estreitas e bucólicas, como se vê nos filmes. Só um detalhe: em firenze nunca sente no chão das ruas e calçadas – italianos urinam pelas ruas. Costumes...
... Engorda-se bem na Europa.

FIRENZE – FLORENÇA - CALOR
... noite em Firenze - despedida de solteira da jovem noiva.

            Calor. 40°C à sombra. A igreja Duomo também é linda de dia. Numa esquina na praça há uma construção que era um local onde crianças abandonadas eram recolhidas e permaneciam ali temporariamente, até a adoção. No prédio há estátuas de mães com seus filhos emoldurando as paredes externas. E muitos turistas e fotos.
Gis na fonte. Calor...
            Fontes espalhadas por toda a cidade. E bicas onde todos tomam água. Dizem ser potável. Felipe e eu abastecíamos nossas garrafas nelas. As meninas não tiveram tamanha coragem. Bem, acho que a água era mesmo limpa, pois até agora estou bem de saúde. Espero que o Felipe também esteja.
            Museu Uffizi e Galleria Dell Academia. Filas, entradas, alguns “NO FOTO!!!”... Valeu à pena! Vi lá obras e esculturas, como a escultura de David (Michelangelo) e muitas telas, como “O Nascimento de Vênus, de Botticcelli. Esta me impressionou muito, pois ao vê-a, veio-me a lembrança de ter visto uma foto desta num livro de história. Também vi outras obras como estátuas de Donatello, Giotto, Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio Bartolini, dentre outros.
... Obra de Arte pelas ruas da Itália.
             Perfeição em esculturas. Mulheres lindas, crianças, animais, semideuses, a vida retratada em mármore. E em gesso os esboços de grandes esculturas, todas com pontos demarcando o que e onde ampliar. Escala. É, os caras eram bons nisso...
... nem queira saber como o "Cumpadi" conseguiu essa foto - "NO FOTO!!!"

FIRENZE – MÚSICA – GELATOS

            Benditos chineses e suas lojinhas de R$ 1,99. Na Itália, tudo a 0,99 Euros. Tudo, incluindo-se aí a água das meninas e a cervejona Dreher de ½ litro que tomei. Sim, Dreher, como o conhaque. Tenho a tampinha guardada lá em casa. Delícia!
.. cerveja Dreher - 0,99 Euros. Benditos chineses...
            Na Piazza Santa Maria Novella, um cabeludo tocando violão. David Vaggelli (http://www.youtube.com/watch?v=DT8liVCB4vM). O CD está tocando agora no carro. Tipo Emerson Nogueira, o cara toca músicas em inglês com uma interpretação diferente, muito bonita. Valeu a aquisição.
            Na praça, cafés ao ar livre com floreiros ao redor, fontes, pintores, vendedores; muita cor, muita luz, muita beleza. E sorvetes – gelatos – os melhores. Sabores, combinações, deliciosos gelatos!
... Sim, compramos o CD dele. Muito bom...
            Muitas fotos de lugares que não lembro o nome, mas que certamente ficarão pra sempre em minha memória. Ainda mais quando escuto a trilha sonora enquanto escrevo. Inesquecível.
            Earth Engines – David Vanggelli. Este é o título do CD.


FIRENZE – KIKO – PONTE VECHIO
Ela e eu, el vechio, na Ponte Vechio.
            Andando pelas ruelas da cidade, em meio a lojas nada históricas, eis que nos deparamos com uma loja KIKO (http://www.kikocosmetics.com). Claro que um Kiko, ao encontrar outro, certamente vai tirar fotos. E lá de foram nossas mulheres. Perdemos elas - ainda bem que foi para um Kiko.
Lojas Kiko...
            Cinquecento! Eu e meu camarada, do qual sou padrinho de casório nos pusemos a conversar. E muito! Do que falávamos? Não lhe interessa! Só digo que nunca havíamos conversado tanto aqui no Brasil. Ele a patroa - a Gi- estão vivendo há um ano na França, com possibilidade de ficarem outro ano por lá. Recomendação minha: vais para a “Zorópia”? Tenha amigos como eles por lá. São a garantia de ótimos e incansáveis momentos e cansáveis e inesquecíveis caminhadas.
... "Cumpadi" devorador de pizzas...
            Obrigado, “Cumpadi” e “Cumpadi”...
            Caminhadas...  Chegamos à Ponte Vechio. Não pense que é só uma ponte velha caindo aos pedaços. Não! Já margeando o rio Arno, quando você vê aquele cenário começa a tirar fotos. Muitas fotos!  É uma ponte em arco medieval famosa pela quantidade de lojas (principalmente ourivesarias e joalherias) ao longo de todo o tabuleiro. Construída na Roma antiga, foi destruída por enchentes em 1333 e reconstruída em 1345. Por isso Ponte Vechio...
...a patroa vendo as lojinhas na Ponte Vechio, Firenze
            Calor. Beleza. E haja gelatos. Se você decidir sentar-se numa mesinha da gelateria para tomar seu sorvete pagará mais caro. Gelatos são delícias para se comer em pé mesmo. Gelatos com duas bolas na faixa de 2 Euros. Mas, não são bolas, são toletes enormes com muito, muito sorvete. Você vai se lambuzar, seus dedos ficarão eternamente grudados. Você vai engordar...
... Engorda-se bem na itália...
FIRENZE – GRAZZIE – PREGO

            Então sentamo-nos para o jantar, após a costumeira indecisão. Mesinhas na calçada cercadas por floreiras. Menu Del Giorno: pratos turísticos que incluem a entrada, prato principal e sobremesa. E para nós, vino claro! Eu já disse que se engorda muita na Europa?
            Eu, o “Cumpadi” e a cunhada optamos por carne, o que por lá é meio diferente. Você não escolhe os cortes, como filet mignon nem nada disso. Lá, carne é boi, ave, porco, pato...
... jantares na Itália.
            E veio uma carne macia e branca para nós. A do “Cumpadi” disfarçava a cor anêmica com um molho vermelho por cima. Suspeitando que fosse porco a cunhada hesitou. Eu, com minhas tendências canibais logo devorei a minha, mesmo sem saber exatamente do que se tratava. Então perguntamos ao garçom. Ele, entre gestos e adjetivos disse que era carne de cavalo, e bem novinho ainda. Cavalo bebê. Naquele exato momento senti o bicho trotando no meu estômago e olhei para o “Cumpadi” e relinchamos bem alto, automaticamente, ao mesmo tempo!
            No final, perguntamos à garçonete e ela nos disse que se tratava de carne de novilho e não cavalo. Ou seja, ainda era carne de bebê, mas bovino. Vimos ao fundo o garçom rolando de rir!
... legal né???
            Itália! Eu dizia “Grrrrazzzie” para a garçonete e ela respondia “Prrrreggoo” e quando eu dizia “Prrrreggooo” ela respondia “Grrrrazzzie”. Sinto que nunca vou conseguir aprender a falar italiano...


FIORENZE – PISA – TORRE
... foto típica de brasileiros em Pisa.
            De Fiorenze a Pisa num trem não bala. Viagem bonita. Todos os nossos trajetos de vôos, trens e hotéis foram reservados com bastante antecedência, daqui do Brasil mesmo. Vale esta dica. Isto foi graças à Patroa & Cia. Ltda. (sua famiglia) que são precavidos. Eu não sou. Sou o Sr. Domingos Antônimoo do contra! Aquele cara que não planeja nada, não antecipa as “cousas”, apenas vai e vive. E curte...
            Pisa é compacta – você a conhece num dia. É o que dizem. Discordo, pois dá vontade de tirar muitas fotos o dia inteiro. E outro dia, e outro.
... fotos da Torre de Pisa. Sim, ela é torta!!!
            A torre sim é torta! Subimos, mas para ir ao topo você não pode carregar nenhuma bolsa ou mochila. Regras! Prepare-se para andar pelos degraus (296 ou 294 degraus) por onde Galileo pisou. Galileo Galilei, segundo uma tradição, deixou cair duas balas de canhão de massas diferentes de cima da torre para demonstrar que a sua velocidade da descida era independente da sua massa. Este é considerado um conto apócrifo, a sua única fonte sendo, porém, o secretário de Galileu. Os degraus sao inclidados, tortos e afundados. É engraçado, voce sobe aquilo tudo torto. Chega lá em cima e tudo é reto. E lindo. E depois, já lá embaixo, voce ainda fica um tempaõ meio torto...
... olha a moda... Ameeeennnn!!!!
            Na verdade a Torre pendente de Pisa é um campanário da Catedral de Pisa (Duomo de Pisa). Tambem ao redor estão o Baptistério, o Campossanto (cemitério) e o Museu del’Opera Duomo. Reserve praticamente um dia inteiro para ver tudo.
            Na Catedral eu e a patroa, que trajávamos desrespeitáveis blusas comk os ombros à mostra, tivemos que nos cobrir com uma espécie de manto azul-esverdeado de feltro. Comico. Parecia uma teia de aranha colorida até a altura dos joelhos. Para varias, foi uma das igrejas mais bonitas que vi na Itália.
... sino no alto da Torre de Pisa.
            Campossanto. Por que santo? Cemitério. Voce caminha e, no chão, os grandes espaços retangulares onde pisa sao os lugares onde pessoas influentes foram enterradas. Estranho isso, pisar nos mortos. Mas, tudo ia bem até vermos um datado de 1997. Isso mesmo: defunto novo e já sendo pisoteado! Vimos ossadas expostas em tumulos de vidro. Todo o Campossanto foi reconstruído após ter sido bombardeado por Hitler.
... Pietá.
            Depois fomos ao Museu da Catedral (Museo del’Opera del Duomo). La, dentre muitas pinturas vi uma que me impressionou: enorme, numa parede, a representação do céu e do inferno. Detalhes que me fizeram sentar e apreciar aquilo por um bom tempo. Eu e o “Cumpadi” lá, viajando no tempo, na história...
... céu e inferno!!!!!
            Buscando a escrita correta e as informações e a escrita correta dos lugareas que visitei encontrei um site sobre viagens que tinha uma observação muito interessante sobre Fiorenze, que transcreverei abaixo:
            O grande problema de visitar Florença é este: você pode enlouquecer. É comum turistas serem internados por causa da chamada Síndrome de Stendhal, diagnosticada nos anos 70 pela doutora Graziella Magherini, ex-chefe do departamento de psiquiatria do hospital florentino Santa Maria Nuova. Os sintomas são tontura, taquicardia, confusão mental. Tudo causado por algo a que nós não estamos habituados: excesso de beleza. Stendhal, escritor francês, autor de O Vermelho e o Negro, teve um surto ao entrar na Igreja de Santa Croce, em 1817, onde estão os restos de Michelangelo, Maquiavel e Galileu, e ao ver os afrescos de Giotto. “Eu estava numa espécie de êxtase”, escreveu ele no livro Roma, Nápoles e Florença. “Tudo falava tão vivamente à minha alma. Tive palpitações. A vida se esvaía de mim. Eu caminhava com medo de cair.”
... bela esátua né? Uffizi.
            Do site http://www.destinosdeviagem.com/italia-florenca-a-capital-do-renascimento/
            Concordo plenamente, embora ainda esteja são... Ainda...


PISA – VECHIO RABUGENTO – PIZZA

            Hotel moderno. http://www.hotelmoderno.pisa.it/. Limpo, simples, bom preço, relativamente bem localizado, nada moderno. Durante o dia fomos muito bem atendidos por uma senhora simpática e hospitaleira que, para minha sorte, “hablava español”. Deixamos as malas ao chegarmos e o Sr. Da recepção – solícito e simpático também – que havia estado no Brasil deu-nos boas dicas e boas vindas. E fomos, de ônibus, para não perdermos tempo de conhecermos a Torre. Queríamos estar logo onde andava Galileo.
... Bebe-se bem na Itália.... vino!!!!!!!!
            Mas a noite veio e com ela o hotel mostrou-nos outra faceta. O Sr., agora outro, na recepção, foi uma decepção. Simplesmente a pessoa mais azeda e rabugenta que conheci na vida! Falou mal de brasileiros, de franceses, acho que até dele mesmo. Creio que ele estava sentado em um prego! O cara era um daqueles típicos italianos velhos resmungões. Havíamos levado um vinho ao hotel para brindarmos nossa trip italiana e o Vechio parecia querer estragar tudo. Saca rolhas? “No, tragam a garrafa aqui que eu abro”. Taças? “No, usem os copos dos quartos, de plástico, que estão em seus banheiros”. Conseguimos copos de vidro emprestados...
... Muito bom, e super barato - mesmo!!!!
            Bem, cuidado com este hotel à noite! O Vechio deve ser um morto vivo ou, a julgar pela cabeleira desgrenhada, um lobisomem...


PISA – TRATTORIA – PIZZA
Repito: engorda-se muito por lá...
            Em Pisa almocei um calzone gigantesco. Engorda-se muito na Itália. Mesmo tendo andado tanto, come-se bem... Em Pisa, como nos outros lugares em que estivemos, dava vontade de fotografar tudo: ruas, carros, casas, praças, tudo... Calor, gelatos, águas das bicas nas ruas. Um lindo rio – vontade de pular nele e nadar pelado! Quando você se afasta dos arredores da Torre, tudo fica menos turístico, mais Itália. Mais bucólico. Na minha opinião, mais bonito.
... melhor pizza da minha vida foi aqui - Mose's
            Surpresa no jantar. As opções que dispúnhamos próximas de onde estávamos não atingiram o padrão de qualidade e de higiene exigido pelas nossas patroas. E foi aí que, com a mesmíssima impressão, meu “Cumpadi” e eu elegemos uma trattoria. Pizzeria de Moise’ (Viale Francesco Bonaini, 121, 56125 Pisa, Itália 050 29528 ()). E foi a MELHOR pizza que comi na Itália. O dono herdou a Pizzeria do pai, que herdou do avô... Excelentes pizzas e atendimento, despojada de supérfluas "luxuosidades". Ambiente caseiro, mas de casa italiana. Fotos, abraços e "buoníssima Pizza". Típica Itália. Valeu a viagem!!!


PISA – CHAO – FRANÇA - VANVES


            Pois é. Na Itália, se você agradece com “Grazie” eles respondem “prego”. E vice versa. Grazie – Prego, Itália! Foi pouco tempo na terra dos meus ancestrais, mas foi muito bom. Inesquecível.
            Low Cost na volta, mas por não ter sido pela Ryan Air, foi bom. Nos padrões das companhias daqui do Brasil, e mesmo sem nenhum serviço de bordo gratuito, a aterrissagem foi tranqüila. Só aí já valeu.
... loja do meu filho Douglas..
            Sei que vai soar “chic’, mas lá vai: Paris, bom estar em casa de novo!
            Vanves é uma cidade situada nos arredores de Paris. Muito bonita. E o apartamento onde eles moram é bacana, aconchegante. Bonito mesmo. O curioso é que há um banheiro para o banho, com chuveiro, banheira e pia e outro com o “trono”. Ou seja, perde-se o romantismo e o companheirismo de um banhar-se enquanto o outro está “obrando”...
verão, sul da França. É... neve!!!
            Eles tem uma cafeteira que você programa a hora em que ela vai começar a fazer o café, sozinha. Compraram em um supermercado ali perto. Eles também têm potes de Nutella gigantes. Lá é barato.
            Como eu disse, é fácil engordar na Europa...


PARIS – HÁBITOS – CIDADE
Cunhada Gi e eu, felicidade no Louvre.
            Gostei de alguns hábitos dos parisienses em geral, ou seja, do jeito das pessoas em si. Como, por exemplo, nas ruas você se veste como quer a não sente olhares de reprovação dos outros, medindo-o e julgando-o por isso. É comum as pessoas comerem pelas ruas, seus sanduiches ou até saladas a comida em geral em potinhos de plásticos. E não eram mendigos nem moradores de rua.
... Tocando no Louvre
            Não gostei muito da aversão que eles têm por banho e por roupas limpas – talvez isso explique a forte fixação dos perfumes franceses. As pessoas, nos três países por onde passamos, em geral não têm a cordialidade dos brasileiros. São meio “grossos” com estrangeiros e entre eles mesmos. Acredito que isto se trate de hábitos arraigados. No passado eles foram os grandes colonizadores da história e nós, um dos muitos povos colonizados. Talvez isto explique por que muitos brasileiros reverenciam tanto estrangeiros. História. Hábitos já enraizados nas pessoas. Fazer o que? Torço para que isto um dia mude, mas sinto que vai levar muito tempo ainda...

...nos tres em frente ao Louvre...
PARIS – ARCO DO TRIUNFO – NAPOLEÃO
é nóóóóiiissss!!!!
            E quando você penetra no que foi parte do mundo de Napoleão, vê parte do que foi a casa onde morou, onde ele descansava; quando você vê ali, “ao vivo” o Arco do Triunfo (inaugurado em 1836, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, contendo os nomes de 128 batalhas e 558 generais) e os outros três arcos, todos alinhados; quando aprecia a coleção de arte do Sr. Bonaparte, então você não consegue mais ver a história como antes. E percebe que Napoleão não tinha uma megalomania gratuita. Vendo parte dos seus domínios dá pra entender o porquê de tanta grandeza e poder. Ele simplesmente era um imperador, um dos donos do mundo. Foi sua época. E eu vi alguns dos seus vestígios.
.. eu e Bonaparte...

Lá está o arco, tão bonito visto de perto e do alto deste também. Lá do alto vê que as ruas todas ao redor convergem para o Arco do Triunfo. Vê a cidade, dá vontade de não mais sair dali...


PARIS – FRANÇA – NOTRE DAME

.. gosto muito desta foto que o "Cumpadi" tirou.

Catedral de Notre Dame. Começou a ser construída em1163. Na entrada, lá no alto, as gárgulas da Catedral, tão cultuadas por Victor Hugo (nunca leste O corcunda de Notre Dame?) e por mim. Mais abaixo, 28 estátuas que uns dizem representar antigos reis da Judéia, figuras do Antigo Testamento e outros afirmam serem monarcas franceses. Devido a esta última interpretação, durante a Revolução Francesa tais estátuas foram danificadas pelos revolucionários. A raiva do povo destruiu parte da história. Isto também é história: a Revolução Francesa. Restauraram as estátuas e hoje você os vê lá em cima. Não vê a raiva do povo. Nem o Quasimodo.
turma da boa - 14 de julho de 2011

   Restaurados os reis, restaurada a opressão. Nas estações de metrô e em quase todos os pontos turísticos muitos negros cujos ancestrais foram colonizados por franceses tentam ganhar a vida vendendo bugigangas, de olho na polícia que os afugenta a qualquer instante. Todos eles têm um sorriso no rosto – algo que a opressão não consegue lhes tirar...


PARIS – EURODISNEY – PARIS
... eurodisney, e eu com cabelos!!!
            Dos personagens de Walt Disney sempre gostei. Donald, Pateta, Pluto, Mickey, todos (só não muito do Tico e Teco). Da Disneylândia não. Nunca sonhei em ir
à Disney. Isto nunca esteve nos meus planos. Confesso que torci o nariz quando soube que este passeio estava em nosso roteiro. Tanta cultura, tanta história para ver e eu na Disney... Isso, além do medo natural que tenho de Montanhas Russas...
... olha o teto do Vaticano...
            Tinha! Meio “loop” num carrinho aberto e sentado no primeiro lugar. Montanha russa do rock, projetada pelo Aerosmith, no escuro e com direito a trilha sonora de primeira!  Dê uma espiada pelo site oficial, onde achei um vídeo da Montanha Russa (http://parques.disneylandparis.es/walt-disney-studios-park/lots/backlot/attractions/rocknroller.xhtml). Torre elevador do terror! Montanha russa do Nemo. Para quedas dos soldadinhos do “Toy Story”. Montanha Russa espacial. Desfile de personagens da Disney em carros alegóricos... Quer saber? Estou usando agora meu moletom azul da Euro Disney!
            Não é história, mas é a minha história! Valeu muito ter ido lá. Muito mesmo!


PARIS – LOJAS – CONSUMO
... lá estava ela, consumindo KIKO...
            Se no seu passeio por Paris houver uma mulher, então terá que enfrentar alguns momentos munido de muita paciência e compreensão: a hora das lojinhas! Você provavelmente irá à Galeria Lafayette, templo máximo do consumo.
...lojinha - Galeria Lafffff...ayette

            Simplesmente lindíssima. E caríssima. E a maioria de suas lojas é voltada para o público feminino. Perfumes, cosméticos, roupas e todas aquelas “cousas” que as mulheres passam no rosto por questões discutíveis. Anime-se: lá em cima, no final das “trocentas” horas de passeios há um terraço cuja vista rende ótimas fotos e um visual de tirar o fôlego – ainda mais se você fuma. E se você surfa há um pequeno espaço onde poderá encontrar bermudas da Quiksilver, O’Neill, Billabong, Sundek... Mas não compre nada pois os preços doem.
... consumo em plena fila do Vaticano.
            No dia em que iríamos à Avenue des Champs-Élysées fiquei animado. Pensei tratar-se de uma rua histórica, com campos margeando-a ao redor... Sem comentários. Trata-se de outro templo do consumo! De um lado da Avenida está o Museu do Louvre  (antiga casa de Napoleão) e do outro o Arco do Triunfo – o monumento dele.  No meio, quilômetros de lojinhas. Lojonas, por assim dizer. Elas, claro, entraram em quase todas. Fotos na Louis Vuitton, tempo máximo das mulheres, onde o item mais barato encontrado foi uma encharpe que custava a bagatela de 350 Euros.
... lojinha modesta a que a Cunhada escolheu...
            Muitas mulheres de turbantes e possíveis Sheiks pelas ruas. Comemos sanduíches com Coca-cola. E haja lojinhas. Sephora e seus perfumes e cosméticos – fui atingido em cheio por uma vendedora maluca que espirrava perfumes a esmo pela loja. Isso é Paris...
... Quinquilharias italianas.


PARIS – LE DEUX MAGOTS – ESCREVENDO
... Repare bem na caneta que a moça está usando para escrever...
            ... Então lá estava eu, sentado no mesmo café outrora freqüentado por nomes como Picasso e Hemingway. Le Deux Magots (http://www.lesdeuxmagots.fr/). Pensar que eles estiveram bem aqui, conversando, provavelmente maluquices.
            Quantas idéias não lhes surgiram aqui?  Inspirações, momentos de relaxamento, de embriaguez...

            É, isto é história. E este lugar guarda suas idéias e visões em algum canto, nas paredes, na atmosfera...
            O café? Caro, mas muito, muito bom! Tomara que o pó usado em seu preparo não seja contemporâneo de seus freqüentadores antigos...
... O preço da cultura!!!

PARIS – TORRE – BASTILHA
Campo de Marte, visão de trás do Monumento à paz, 14 de julho.
            Campo de Marte (Champ de Mars). Nós, quatro brasileiros, sentados numa toalha cheios de sacolas, munidos de filmadoras, máquinas fotográficas e outras engenhocas do gênero. Bandas locais tocam ao pé da Torre Eiffel: um concerto contra o preconceito étnico. Somos quatro de um milhão de pessoas que aqui se concentram. Um milhão: deu no alto falante!
            Comemora-se o aniversário da queda da Bastilha (Tomada da Bastilha, 14 de julho de 1789, ponto máximo da Revolução Francesa, assim como a Declaração dos Direitos do Homem). Feriadão! Comemora-se a liberdade com a liberdade de poder estar aqui dançando, cantando, comemorando. Perto de mim dois franceses fumam haxixe. Cheiroso! Meia hora de fogos e luzes na Torre. Lindíssimo. Mesmo!
... Vaticano. Estátua e criança...
            É bom, muito bom poder estar aqui hoje. Um milhão de pessoas, no final, todas saindo ao mesmo tempo, deu uma certa confusão. Andamos cerca de dois quilômetros, pois as estações de metrô estavam todas lotadas. Depois, pegamos o trem para Vanves – o último!
            Foi muito bom. Foi história mesmo. Você viu na televisão? Bonito né? Eu vi ao vivo...!!!
... Anoitecia. Quase 10 e meia da noite... e nós lá, 14 de julho



SORTIDOS DA VIAGEM
... pão com papoula. Eu comi... não dá barato não!!!
            Numa noite em Paris (Vanves, na verdade) fomos agraciados com um jantar em casa. Em Paris há inúmeros lugares especializados em comida congelada. Compramos peito de pato e uns aspargos enrolados no bacon tudo já temperado. Tudo delicioso. Pena não termos comprado arroz congelado também...
...Paris. Jardins de Luxemburgo...
            Indo para Sacré Coeur há umas ruas lotadas de lojinhas recheadas de cinquecentas quinquilharias, bonitas e baratas. Vale à pena pesquisar por lá.
            Os chineses realmente dominam o mundo. Até em Paris há inúmeras lojinhas de produtos diversos e baratos. Além disso, são excelentes desenhistas...
... pena que não rolou um Surf na "Zorópia"...

            Cuide bem da sua carteira e não leve o passaporte com você, apenas cópia deste. Não há assaltos à mão armada, mas batedores de carteira. E nunca é demais repetir: Passaporte vale ouro, ainda mais sendo brasileiro, uma raça tão miscigenada que qualquer um pode se passar por patrício nosso.
.. detalhe na pintura: Raphael é o que está te olhando...
            Crepes: eu recomendo! Realmente o crepe Frances faz jus à fama. Waffles feitos na hora, com Nutella vão fazer você esquecer o cansaço, as dores nos pés e sorrir assim, meio abobalhado...
.. eu já disse que na Europa a gente engorda?!?!?!
            E nunca é demais aconselhá-lo: na Itália tome muitos sorvetes (gelatos). Disso você nunca vai esquecer...
            E aproveite bem seus dias por lá. Coma sanduíches com pão coberto de papoulas (não dá barato, eu testei), tome muitos “cafezes”, ande descompromissadamente, passeie de Bateu pelo rio, conheça os jardins de Luxemburgo e se vista como em casa – as pessoas não ficam reparando em você. Aproveite...


PARIS – MADRID – GIG (RJ) – CWB
Se você tocar a boca do Javali, volta à Itália... I'll be Back!!!
            Quando me perguntaram se eu estava com saudades do Brasil respondi prontamente, sem hesitar: “Não”. Não é que eu não goste daqui. Adoro meu país. Mas, cá entre nós, não o sinto como melhor ou pior. De tanto que mudei de casa, de cidade e até de país, adoro a sensação de estar num lugar diferente, novo. Ainda mais quando falam outro idioma.  Mesmo morando há cinco anos em Curitiba ainda surpreendo-me muito com certas “cousas” daqui da cidade. Gosto de andar por ruas que nunca vi antes, de me perder, de saber que se a pessoa que está sendo meu guia no momento for abduzida não saberei para onde ir. Eu sou assim, meio cigano mesmo.
... visual do aldo da Torre de Pisa
            Então, após voltarmos do Campo de Marte, após o alvoroço humano comemorativo da Bastilha, “Go home”. Não dormimos. O apartamento, naquela altura, ficou pequeno para nós e nossas tralhas. Era um tal de arrumar as malas, pesá-las, “excesso de bagagem”, desarrumá-las, distribuir o peso, rearrumá-las, pesá-las outra vez... E tudo de novo...! E o “Cumpadi” tentando acomodar quase 10 Gigabytes de fotos e filmagens em alguns Pen Drives e CDs... Só depois é que o “cabra” conseguiu tirar um breve cochilo. E nós lá, na luta. Resultado: fomos com quatro malas à Paris e regressamos com cinco... Lojinhas...
            Dormimos muito na volta. No rio de Janeiro, depois de horas sem nicotina no corpo. Quando finalmente saí um pouco para fumar, percebi como era bom ouvir as pessoas falando português (mesmo que fosse Carioquês). E sim, eles davam informações quando perguntávamos algo! Duty Free! Lojinhas de novo... Logo estaríamos em Curitiba.
... na Itália, cuidado com os Carabinieri...

EUROPA – BRASIL – O FIM (?)
... belíssima estátua no aeroporto de Pisa...
            Em um dos aviões que estive na volta, devido à impaciência deste decolar, abri uma dessas revistas de bordo e me pus a folheá-la. Havia uma matéria que falava sobre a “Depressão Pós-Viagem”. Ainda que mal escrita, interessante. Dizia algo sobre ficarmos deprimidos após longas viagens, no regresso à casa.
... nos Jardins de Luxemburgo...
            Sim, então é isso! É exatamente isto o que estou sentindo. Não, não estou triste, nem pensando em suicidar-me ou fugir do país. Está tudo sob controle – acho... É que sinto um certo vazio, uma tristeza que vem assim, do nada. E me ponho a ver as “trocentas” fotos e a escrever no bloquinho que trouxe de Paris, juntamente com a caneta. Vontade de viajar de novo. Saudade...
... this is the end???