...por anos era assim que eu acordava: 04 da manhã, lá estava "ieu" vivendo na minha velha e boa Ponta Negra (Natal/RN)!!

terça-feira, 31 de maio de 2011

SURF

.. do site ynner.com.br

SURFAR

Talvez você tenha reparado que em tudo o que escrevo, quase sempre encontro uma brecha para citar o surf. Se foi meu aluno ou conhece alguém que sobreviveu às minhas aulas, sabe que o mesmo acontece lá. Tendo trabalhado, estudado ou simplesmente convivido comigo, não é novidade para você que eu surfo. E, caso não me conheça, basta ver a foto no meu perfil deste Blog ou no meu Orkut para ter certeza de que sim, eu surfo!
... sim, sou eu surfando. Já viu esta foto? Claro, no começo deste blog.


O SURF

O surf entrou em minha vida no começo dos meus 16 anos, meio sem querer. Quase que a contragosto. Mas, desde que tive meu primeiro contato com uma prancha, houve em mim algo meio místico, que se tornou como um vício, parte de mim. Após meu primeiro contato aconteceu uma "cousa" mágica que se transformou num vício, parte de mim. E desde então, nunca mais parei. Mesmo agora, morando longe do mar, minha cabeça segue lá, indo e vindo com as marés. O surf simplesmente está em mim pois ainda hoje, aos 43 anos, continuo com aquela “doença surfística” que me faz ver ondas nas formas mais insólitas e imperceptíveis aos demais mortais.
... do site bate-volta.com
             Como quando a ponta do tapete fica dobrada assim, em curva: vejo uma onda tubular perfeita, daquelas que quebram sobre uma bancada de coral, bem cavada! Ou quando o ônibus em que viajo, geralmente em pé (questão de educação, baby!) passa por baixo de um viaduto mais extenso, bem, deve ser engraçado aos olhos dos demais passageiros: flexiono os joelhos abaixando-me levemente e mantenho o equilíbrio, braço estendido assim. Estou dentro de um tubãããoo...!!!

... até o céu àsvezes me chama para o surf. Do site bocaberta.org
             Ou então em meu novo brinquedo que me foi gentilmente presenteado pelo meu irmão Francisco “Bebo”: o Skate Longboard! Muitos dos movimentos e a própria postura do surf são reproduzidos nele. É como surfar num pranchão, sem praia. Valeu Brow!!!

... surfando sem praia. E a Luna segue dormindo...
 
POR QUE FALAR DO SURF?

Bem, se você pensa que gosto de alardear aos quatro cantos que sou surfista para que as pessoas me admirem (vulgo para me mostrar), então lamento decepcioná-lo. Você está redondamente enganado.
Desde quando comecei a surfar tenho vivido situações únicas e especiais, momentos simplesmente mágicos, todos graças ao surf. E se estou sempre mencionando-o, um dos motivos é o de querer dividir tais alegrias com as demais pessoas. Compartilhar com todos esses momentos sublimes que só os surfistas conhecem. Afinal, embora eu seja extremamente egoísta com minha prancha, no geral acredito que as “cousas” boas, como felicidade, devem ser disseminadas. Tentar contagiar os outros com bons sentimentos. Penso: as pessoas têm uma tendência natural a admirarem desgraças em geral. Repare no congestionamento de curiosos próximo a um acidente de trânsito. Ou então no índice de popularidade desses programas sensacionalistas que invadem a TV com violência em excesso. Tragédias e desgraças sempre estão em destaque, como se precisássemos disso para viver. Então, que tal revertermos isto? Espalhar alegria talvez seja um importante passo para conseguirmos um mundo melhor. Fazer o que se eu sou um cara legal?
... paz...Do blog tacmgtacomdeus.blogspot.com
 Outro motivo – não menos importante - de eu gritar aos quatro cantos que sou surfista é o de quebrar tabus. Em pleno século XXI há muitas pessoas que AINDA têm aquela visão estúpida de que todo surfista é um maconheiro-vagabundo. Um ser bitolado, alheio ao mundo, que traz consigo sempre um semblante estúpido estampado no rosto. "Aêêêê...”, “O cara está sempre assim, viajandão. Não fala coisa com coisa, não leva nada a sério!”.  Entendo o porquê das pessoas pensarem isso. Elas estão tão perdidas em suas “vidinhas” regidas por regras tão mecanicamente estressantes que não conseguem aceitar a nossa alegria, a nossa paz. Elas não entendem a satisfação em nossos olhares após um bom dia de surf.
Então, lá estão meus alunos, tentando decifrar os caprichos do computador sob minha orientação. Bits & Bytes, formatação, tabulação, fórmulas, tabelas dinâmicas – naquele momento eles me vêem como o professor: um homem inteligente. Muitos admiram minhas aulas, minha didática e a facilidade com que tenho para transmitir meus conhecimentos. Geralmente procuro valer-me de analogias entre o mundo virtual e o real para garantir melhor uma compreensão por parte dos alunos. E ainda, mais que o conteúdo pré-estabelecido, gosto de abordar - através de histórias pessoais e até piadas - assuntos diversos e atuais, para discutirmos mesmo, pois pensar sempre é bom.

... eu, ainda com cabelos, por volta de 1992, Professurf!!!
  E aí, surpresa: o tal inteligente professor é surfista! Então, por dedução, nem todo o surfista é burro. Rompendo tal conceito, ajudo a desmistificar e desmarginalizar o surf, destruindo a idéia pré-concebida que as pessoas têm em relação a nós surfistas. E, se possível, ainda incentivo alguns a surfarem, pois assim descobrirão que o surf é muito mais que um esporte: é um modo de pensar. È um estilo de vida. E bem peculiar...

BENEFÍCIOS DO SURF
 
Digo aqui que o surf tem me dado uma ótima saúde e preparo físico, apesar de tantos cigarros e bebidas que se armazenaram em meu corpo ao longo desses anos. Além dos benefícios físicos há os mentais. Sim, o surf me fez ver as “cousas” de outra maneira. Surfando aprendi a ter mais confiança em mim mesmo e no mundo ao meu redor. A paz que sinto, resultante de mais da metade da minha vida surfando, me faz, por conseqüência, viver mais harmoniosamente com os demais. Hoje estou certo que a vida é como o mar pois está num equilíbrio perfeito. Nao importa como está meu dia hoje, ele está do jeito que deve estar agora. E se hoje não deu onda, melhor nadar, mergulhar, aproveitar este momento aqui, pois com certeza as ondas virão. Com certeza!
... do blog readsurfing.blogspot.com
 
Por último, o hábito de surfar sintonizou-me com minha intuição. Sentir, saber o momento e o lugar certo para poder pegar as melhores ondas, que lado ir, qual manobra fazer e em que parte da onda, com que força: ler a onda, senti-la. Tente aplicar isto no seu dia a dia...

COMO TUDO COMEÇOU

            Boa parte da minha vida morei em cidades praianas, graças ao “vechio”, que como eu, possui guelras e escamas. Eram tantas horas de praia que, para mim CALADRYL tem um cheirinho gostoso de infância. 

... viva a infância!!!

Até adolescer eu nunca tinha surfado, a não ser de jacaré. E estava a aprendendo a praticar Windsurf. Como muitos “babacas” daquela época, pensava que todo surfista era um “cabeça-de-vento”. Via alguns tipos com seus cabelos parafinados, rindo o tempo todo e os achava ridículos. Também me parecia besta a idéia de deitar numa prancha, remar até o fundo tendo que transpor as ondas e ficar lá sentado um tempão esperando o momento certo para poder me divertir. Aí, ficar só alguns poucos minutos em pé até tudo acabar, para então ter que recomeçar tudo outra vez.
E foi com esta “tacanha” mentalidade que em 1984, meados de janeiro, decidi experimentar o surf. Na Praia Grande, São Francisco do Sul/SC. Insistência de um amigo mais velho, o Rogério, já na época surfista experiente. Este cara foi meu “tutor” e vive lá até hoje, tocando uma petiscaria e pousada (Avenida Atlântica-Enseada São Francisco do Sul/SC, Fone 47 - 3449-0295). Vale à pena conferir...
... Praia Grande, São Chico, aaaaaltas ondas!!! Do site wannasurf.com
 E lá fomos nós, eu e meu irmão mais velho, marinheiros, digo, surfistas de primeira viagem. As ondas estavam fortes naquele dia e descobri, a duras penas, que era mais fácil ver alguém deitado remando em sua prancha do que fazê-lo. Cheguei a pensar que a “minha” estivesse estragada, pois ela não parava de dançar sob meu corpo. Demorou uma eternidade para eu remar até o fundo (outside) e passar a arrebentação. Lá chegando, missão impossível: sentar-me na prancha. Parecia que eu estava em um rodeio a montar uma égua brava. A prancha simplesmente não ficava parada: ora afundava o bico levando-me para baixo, de ponta cabeça mesmo, ora disparava do meio de minhas pernas tal qual um foguete, voando rápida e ameaçando decepar quem estivesse em seu caminho. Era muito difícil. E muito engraçado também. Lembro da dor nas bochechas de tanto que ri. Todos nós ríamos sem parar, de tudo.Tentar pegar uma onda então era algo quase impensável. Quase, pois recordo a primeira que desci, deitado mesmo. Não conseguirei, por mais que tente, descrever tal sensação, mas guardo-a comigo até hoje. Só digo que o que senti impulsionou-me a voltar, tudo de novo, pois eu precisava mais daquilo. E assim foi, e todas as tentativas de ficar em pé até então eram um fiasco. Mas, um fiasco gostoso!
... siniistro!!! Do site esporte.uol.com.br
E, fiquei em pé! Minha primeira “surfada” de verdade não deve ter durado mais que 10 segundos. O mundo se movia ali, sob meus pés, e eu sentia toda a força da água debaixo da prancha. E a “manobra” saiu assim, automaticamente instintiva: primeiro um “Reto-side”, seguindo a espuma, reto, em direção à praia, e depois um belo de um “Imbick-back”, a prancha embicou e caí de cara na água, bochechas explodindo de dor e sorriso aberto, engolindo todo o oceano. Isto bastou: ali, definitivamente eu fui mordido pelo "bicho-do-surf", uma febre que, mesmo após 27 anos, não passou. E, espero, nunca passará.


COUSAS DO SURF

... do site ivebeenthere.co.uk
             Em todos esses anos de surf tive muitas pranchas, tantas que não consigo precisar quantas foram. Mesmo assim, lembro direitinho dos detalhes de muitas delas e de quais foram as melhores. Já surfei em tantas praias que também já perdi esta conta. Mas, cada vez que escuto seus nomes ou vejo fotos delas, lembro dos muitos bons momentos que passei em cada uma delas. Simplesmente inesquecíveis. Também tive muitos, muitos amigos e amigas de surf. Pessoas que comigo compartilharam tantos momentos, digamos, inenarráveis. Alguns desses amigos eu nunca soube seus nomes, nem o que faziam além de surfarem. Outros sequer falavam o mesmo idioma que eu. Também há os que a amizade ultrapassou a linha do surf, e conviveram comigo em diversas outras situações. Mas, todos eles tiveram algo em comum: nos momentos em que dividíamos as ondas, havia entre nós a mesma sintonia e boas vibrações. Camaradagem mesmo, daquelas que se sente com pessoas especiais. É, o surf tem dessas “cousas”...
... nossos melhores amigos também surfam. Do site archive.constantcontact.com
             Sei de muitas pessoas que fizeram do surf simplesmente seu ganha-pão. Profissão mesmo, alguns inclusive com salários bem mais polpudos que muitos doutores diplomados. Uns são pagos para participarem de campeonatos e, seja no Brasil ou no exterior, eles têm a obrigação de obterem boas colocações nestes eventos. Outros recebem seus rendimentos por viajarem pelo mundo em atrás de ondas perfeitas. Sua missão é aparecer no maior número de fotos possível, pois assim seus patrocinadores terão retorno garantido. Em ambos os casos, sua postura fora da água também lhe é cobrada. Envolvimento com drogas, brigas ou quaisquer atividades digamos, ilícitas, podem custar seus empregos. Empregos estes que dispensam gravatas e sapatos, cujos escritórios são ao ar livre, tendo como mesa de trabalho as pranchas. E suas rotinas, surfar e surfar cada vez mais. Vidão!!!!

... sem cometários. Do blog surfpe.blogspot.com
 
MAIS DO SURF

            Particularmente, admiro muito quem optou em viver assim, mas, para mim, tenho o surf como uma válvula de escape.  Algo que representa para mim uma “NÃO-OBRIGAÇÃO”. Em alguns momentos o surf pode ser a minha fuga da realidade, fugir de alguma situação ruim que eu esteja vivendo. Em outros, ele é a minha realidade, minha cetreza, existência, meu lugar preferido em meio este mundo tão incoerente em que vivemos. Pois quando estou surfando, simplesmente me desconecto de tudo isto aqui e entro em sintonia com outro mundo. Um mundo que flui de outra maneira.
... cousas do surf. Do site minilua.com
             Ali, surfando, estou no mar, água em constante movimento, conseqüência de uma energia muito forte que gera as ondas. As ondas “surfáveis” geralmente são formadas por grandes tempestades que ocorrem no meio dos oceanos e que, dependendo de sua intensidade e direção, formam ondulações que viajam por milhres de quilômetros, ultrapassando qualquer barreira política ou geográfica imposta pelo homem.
... clique para aumentar e entender melhor. Do site floripasurfclub.com.br
 
            Quando estas ondulações (SWELLS) se aproximam das praias elas s deparam com a diminuição da profundidade. Assim as ondas vão ganhando forma e tamanho, de acordo com o tipo de fundo daquela praia, dentre outros fatores. E eu, ganhando prazer! Prazer não em domá-la,s mas em “fazer” a onda de acordo com o que ela pede. Em surfa-la.
.. assim elas começam. Do site biosleep.com.br
              Lembro quando eu tinha o hábito de esperar o sol nascer já dentro d’água, todos os dias, surfando. Aquelas duas horinhas de surf matinal me faziam chegar ao trabalho “assim”, sorrisão aberto de uma orelha a outra. Os demais mortais, colegas de trabalho, não compreendiam tal felicidade em plena segunda-feira de manhã. Nem na terça, quarta, quinta ou sexta-feira. Alguns deviam simplesmente me achar um sujeito meio “abobalhado”. Sei de outros também que confabulavam entre si (FOFOCAVAM) que tudo era culpa da "Cannabis”, pois nunca que meus olhos vermelhos assim poderiam ser só da água salgada. Muito menos aquele constante alto astral e despreocupação...

... momentos mágicos. Do site colinrdelaney.wordpress.com
HISTÓRIAS PESSOAIS - CRONOLOGIA

            Cronologicamente falando, nos três anos que morei em Joinville, o surf resumia-se aos verões e às estadas solitárias durante o inverno em nossa casa de praia. É justamente nesta época que as ondas aparecem maiores, mais fortes, perfeitas. E geladas também. Naquela época não havia roupa de neoprene. Água gelada+Inverno em Santa Catarina = Hipotermia que te deixa com a pele de galinha!!!”.


... em Natal. Concentração total...
            Ao completar dezoito fomos todos morar em Natal/RN e veja só, na praia de Ponta Negra. Incontáveis sessões diárias de surf, atrapalhadas por algumas esporádicas idas à Universidade. Foram oito anos entre casamentos, filhos, divórcios, “re-casamentos”, e o surf ainda comigo. Durante este período vaguei por diversas praias da região, muitas vezes dormindo em barracas ou até mesmo na capa da prancha. Lembro da hoje famosa praia de Pipa, na época reduto de surfistas e outros malucos, quando dormíamos acampados em frente ao “pico”, debaixo de um grande abacateiro. Eram dias inteiros de surf e noites de muitas fogueiras e interação com os nativos e malucos em geral.
.. perfeição em Pipa/RN. Do site waves.terra.com.br
             Após esse tempo fui morar na Venezuela, onde nos dois anos seguintes tive grandes lições de vida mas pouco de surf. Pouquíssimas caídas, e em dias de poucas ondas. Mesmo assim, mar do Caribe, água quente e transparente, pelicanos voando bem pertinho e muita, muita natureza. Era muito estranho ficar tão longe do surf, que às vezes eu surfava numa tábua apoiada em um tronco bem grande caído no chão. Ajudava a manter o equilíbrio do surf – e a fazer com que “mis vecinos” cada vez mais desconfiassem da minha sanidade.
.. do site solostocks.com.br
            Voltando ao Brasil, vinte quilos mais magro e sem prancha, minha mãe, talvez espantada com a mudança. Levou-me a uma “Surf shop” e lá falou: “Filho, escolha uma destas pranchas para você”.Novinha em folha! Nossa, ela é a melhor mãe que eu tenho!E nos dez anos seguintes, descontei todo aquele atraso surfístico: madrugadas, tardes, entardeceres, até em noites de lua cheia eu surfei! Uma década de muito surf!
     
... Ilha do Mel, Pousada Grajagan, na cara do gol...
     
             Há cinco anos em Curitiba, a freqüência do meu surf caiu vertiginosamente. Mesmo assim, quando posso, vou a lugares como a Ilha do mel e algumas praias de Santa Catarina – um dos “Templos Sagrados” do surf brasileiro. E, sim, falei com o Rogério...

O MUNDO QUE GIRA EM TORNO DO SURF

            Não conseguiria hoje contabilizar o quanto já investi no surf. Viagens, bermudas, camisetas de lycra, roupas de neoprene, parafinas, capas de prancha, leashes, roupas de "surfwear" e, claro, pranchas. Fora as revistas. Alias, estas são tantas que, mesmo depois de recomeças a colecioná-las pela terceira ou quarta vez a quantidade de exemplares que possuo extrapolou o espaço físico que as tinha dedicado – elas simplesmente não cabem mais ali. Isto vai gerar uma guerra lá em casa, pois terei que conquistar novos territórios.


... do site boston.com
             Falando em revistas, ao contrário do que se possa pensar elas apresentam muito mais do que belíssimas fotos. Ali há matérias sobre viagens, competição, meio ambiente, dicas e histórias, daquelas que nos fazem pensar sobre tudo, além de outros assuntos. Lembro que, nos primórdios do surf, as primeiras revistas eram um festival de fotos e bundas. Sim, era muito bom, mas já naquela época faltava algo. Não sei se pelo motivo de envelhecermos juntos, a qualidade editorial destas melhorou, e muito. Falo aqui em conteúdo.
Quer conhecer algumas? Então prepare-se:  FLUIR (http://www.fluir.com.br/), HARDCORE (http://www.hardcore.com.br/), ALMASURF(http://www.almasurf.com/), ONDA (http://www.ondamagazine.com/), ONFIRE (http://www.onfiresurfmag.com/), esta última portuguesa e, como as demais, de ótima qualidade.  Cada vez mais estas publicações investem em excelentes escritores, todos eles com água salgada nas veias, como Fred D'orey, Júlio Adler, Otaviano “Taiu” Bueno, Ricardo “Bocão”, Steven Alain, Túlio Brandão, Alex Guaraná, Edinho Leite e muitos, muitos outros.


... isto é o que chamamos de levar uma vaca. Do site foxsports.com.au
Há também inúmeros sites onde você pode saber sobre o mundo do surf em geral, como previsões de ondas em quase todo o mundo e tudo sobre o universo do surf. Se você ainda não conhece, acesse algum como o http://www.waves.com.br/ e navegue sem medo. Conheça os links para histórias, fotos e matérias em geral. Você não vai se decepcionar.

            ISTO É O SURF, BROW...

Isso, meus camaradas, é um pouco do que lhes ofereço sobre o mundo do surf. Quer saber o que mais se pode viver surfando? Então leia algumas “cousas” que já vivi graças ao surf.


... essa eu gosot! Do site atitude-surf.com
            Ensinei meus três filhos a surfarem quando eles davam ainda seus primeiros passos. Dois deles, coincidentemente os tatuados, ainda surfam. Meus enteados(as), também ensinei, assim como muitos amigos(as) e filhos(as) de amigos(as).


... levando o enteado-amigo Gabriel para o bom caminho.
          Tive o prazer de dividir a mesma onda com meus herdeiros. E com meu “pai-peixe” também, que muitas vezes ficava lá no fundo comigo nadando por ali.


... família surf e um amigo junto. Yeah, parece que foi ontem.
            Surfei com gente famosa e com desconhecidos: homens, mulheres, ricos e pobres. Já me assustei com tartarugas marinhas e peixe-boi ao meu lado. Toquei golfinhos que nadavam ao meu redor. Gelei de medo com o tamanho da baleia que pulou ao meu lado.
            Peguei onda em saídas de esgoto por onde boiavam os temidos “cocozes humannus”. Pulei das pedras, tendo que esperar a hora certa, quando vinha a onda para me levar para o fundo – não dava pra pensar em errar o momento. Surfei ondas que passavam por baixo de um trapiche (um tipo de ponte para barcos), e foi alucinante!

... nem minha enteadamiga Yasmin escapou do surf...
            Sim, já surfei pelado, de ressaca, e também bêbado, em momentos diferentes, claro. Também surfei sob a lua cheia muitas vezes, completamente sozinho, encolhendo os dedos dos pés cada vez que lembrava que tubarões não dormem à noite. Uma vez saí do mar cm meu cunhado (meu último aluno de surf), driblando os raios que caíam pertinho de nós durante uma “senhora” tempestade.

... clique para ler. Do ste oba_la_vem_ela.blig.ig.com.br
            Fiz inúmeros sacrifícios para ir surfar, como ir de carona num caminhão, lá atrás, dividindo o espaço com a prancha e umas caixas de som gigantes sacudindo sem parar, sendo açoitado pelas folhas à margem da estrada e engolindo mosquitos o tempo todo. Também coloquei nove pessoas e três pranchas dentro de um fusca - não me pergunte como eu fiz isso - numa noite que chovia mais dentro do carro do que lá fora. Dormi em varandas e casas de veraneio sem saber quem eram seus donos, em suas “confortáveis” áreas.
             Desesperado para não perder um "swell" que entraria de jeito em Ponta Negra naquela semana, bem na hora em que eu deveria estar dando aula, bolei uma aula inaugural de Excel na praia. Isso mesmo, Excel na praia, e sem computadores. Três turmas juntas, alunos satisfeitíssimos e surfei boas ondas. Ah, e ainda me pagaram para isso...

... conferindo as tarefas dos alunos - aula de Excel na praia...
            Uma vez deixei minha prancha no guarda-volumes da biblioteca da Universidade Federal, pois após o trabalho em grupo o fim de tarde prometia boas ondas. Circulei pelo centro de Curitiba com meu filho mais novo carregando minha prancha nova, sob os olhares curiosos e sérios tipicamente curitibanos...
            Esses são alguns dos muitos momentos e situações vividas, tudo em troca do prazer de estar lá fora e surfar outra vez, e de novo, outra vez...


... do site surfecult.com
             Ninguém pode prever o futuro, mas uma “cousa” eu espero do meu: tal qual o Sr. Doc Paskovitz, (www.paskowitz.com) quero estar sempre surfando. Sempre, até meu corpo não mais agüentar.

... Doc, exemplo de vida. Do site doc paskowitz_boardistan.com
           Então, depois disto, quando só me restar o software, surfarei na mente, nas lembranças, e viverei novamente todas as sensações que o surf me deu. De novo, e de novo...

... nem morto eu paro de surfar! do site recadosinsanos.com.br
             E você, quando vai começar a surfar?


... Surf, uma luz no fim do tubo. do site reggaeportodavida.blogspot.com

...de última hora: Graande amigo Marcelo "Cabeção", recém chegado de Pasti....Yeahhh!!!
 

6 comentários:

  1. Grande professor Kiko, mt bom seu texto, eh longo mas legal de ler ate o final. Ti tentando surfar, realmente eh muito dificil, ainda nao fiquei em pé, mas continuo tentando.

    Abraço,
    Saulo

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  2. Oi Kiko, ótimo texto. Adorei! Vc consegue contagiar aS pessoas com a intensidade que dedica as suas "cousas". Deu vontade de aprender a surfar... Bjo Miriam Soares (senac)

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  3. Senhor Saulo... Pois é, falando em Surf não consigo economizar em palavras, pois só as tenho para traduzir a emoção do surf. Mas, nos próximos posts serei mais breve!
    Cara, continue tentando. Você não vai se arrepender. O surf é tudo, brother!!! Vale muito à pena.
    Se a gente se encontrar pelas praias da vida, tamos aí...
    Abrax e boas ondas!!! Aloha!!!!

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  4. Senhora Mirima. Que bom que você gostou das minhas "cousas". Prometo, como disse ao Saulo, ser mais breve - anod me estendendo muito. Como vai você?
    Olha, se voce tentar, garanto que não vai querer masi parar. O surf é como uma religião, onde a água benta é salgada, e a bíblia, a Prancha. Profundo não??? O que faz a falta de surf...
    bjoes e juizo...

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  5. Fala Kiko, blz? Massa mesmo o texto... varias fotos maneiras e de quando vc ainda era jovem né huAHUahuA brincadeira.. Isso ai professor, qm sabe um dia ainda iremos pegar uma onda juntos e tomar uma gelada depois... Valeu grande abraço

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  6. Falaa Amadeuuuusss...!!! Pois é, bons tempos em que havia uma "relva" cobrindo o meu crânio... Cabelos que se foram com a falta de juízo (ou parte dela). Cara, que bom que você andou por aqui. Gostei da tua passagem pelo blog. Obrigadão...
    Quanto à idéida do surf, Brother, seria muito bom mesmo. Dia dos namorados deu boas onda na Ilha. Rolou até uma gelada depois... Tá marcado o surf, parceiro. Abração...

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Leu? então diz algo...