...por anos era assim que eu acordava: 04 da manhã, lá estava "ieu" vivendo na minha velha e boa Ponta Negra (Natal/RN)!!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

VOVÔ!!!!


Inicialmente este Post seria sobre minha última estada na Ilha do Mel. De como fui reconhecido como o blogueiro da ilha, da casa que ficamos lá, das pessoas que nos acolheram, do surf, do jantar.... Mas, circunstâncias alheias à minha vontade alteraram o rumo dos meus escritos. Algo muito bom, incrivelmente bom me aconteceu. Ou, está para me acontecer: vou ser avô! Ou vovô!
           Como disse meu filho Douglas, o gávido, sim, regozijar-me-ei para sempre por ter sido o primeiro a saber. Mesmo que ele mora com a mãe, YEAH!!! Ele contou prmeiro para mim!!! “I’m Sorry, vovó Cristina, pai é pai!!!”.

... Os grávidos, que me promoveram a Vovô...
            E agora, o que fazer?
           Em uma de minhas postagens, Amigos (http://kikomainieri.blogspot.com/2011/04/amigos_17.html) contei que tive um certo convívio com meu avô. Pouco, mas tive. Trago ótimas lembranças deste contato. Eu gostava muito dele, tanto que chamva-o de Amigo. Então, deduzo que avós devem ser legais, engraçados e saber contar histórias...
            Então, se é isso, estou pronto! Sou um avô nato...
            Mas, ainda há o visual. Meu impulso inicial era deixar o bigode crescer, mesmo com a reprovação da partoa. Isso não vai dar certo, pois diferente do “Amigo”, meu bigode ainda é preto – só parte da barba, no queixo é que está grisalha. E, pintar o bigode está fora de cogitação!

... Eis meu Vô, o Amigo. E olhando pra mim...

            Minha mãe – futura bisavó – em sua última visita, tal qual uma vidente, presenteou-me com um chapéu preto, de feltro acho, daqueles que os velhinos e os “modernosos-intelectualóides-descolados” usam no frio. Então agora só faltam as roupas mais largas e marrons, casaquinho de lã, sapatos e bengala. Aí sim serei um avô tradicional!
... Parece um bigode de vovô???

            Sim, pois não é muito comum vermos por aí muitos vovôs tatuados, surfando e usando brincos, de jeans e surfwear em geral. Vovô estilo moderno, doidão... Então, na verdade, não creio que conseguirei alterar meu “modus vivendi” tão radicalmente assim. Acho que, na real, nem vou tentar. Melhor inaugurar a nova geração de vovôs-surfing...
            Bem, meu neto (ou neta) tem previsão para desembarque entre janeiro e fevereiro de 2012. Particularmente, adoraria tê-lo como presente de aniversário. Vamos ver o que acontece.... Simplesmente, hoje, não consigo imaginar como ele (ou ela) será. Como todos os bebês, sei que será amarrotado, chorão e cheio de dobrinhas, um sósia do boneco da Michelin. Mas tenho certeza que ao observá-lo (la) com atenção encontrarei ali traços meus, nem que seja o branco dos olhos...

... assim são os bebês. do Blog ofaniquito.blogspot.com

            Tento pensar melhor na seriedade da questão. Meu filho fez 19 anos, está “ralando” muito para terminar a faculdade e trabalha bastante.  Embora tenha seu próprio negócio, seus rendimentos não são lá essas coisas. Então, agora, tudo vai ficar mais difícil para ele. Vai ter que trabalhar muito, muito muito mais, uma vez que seus gastos aumentarão desenfreadamente a partir de agora. Também terá que dedicar-se mais aos estudos, pois mesmo que ele faça o curso que gosta e seja atualmente um ótimo aluno, a vida exigirá mais dele. O tempo que ele tem para dedicar-se aos estudos, para uma prova ou trabalho, agora vai ser dividido com mais uma pessoa. E uma pessoinha também. Fora a responsabilidade de saber que há mais pessoas que precisam dele...
            Eles agora serão uma família. E famílias requerem muita a atenção e cuidado. Dificuldades financeiras, de relacionamento, de sono, de prioridades, além de muitas outras, aparecerão. Tudo isso vai pesar, e muito. É, não vi ser fácil.... Mas, sinceramente, tudo vai dar certo. Digo isto baseado no que sinto quando converso com ele sobre este assuto. Percebo tranquilidade e muita convicção por parte dele. Firmeza mesmo! O cara sabe muito bem o que quer. Essa nova fase em sua vida vai lhe dar mais forças ainda para ele alcançar seus novos objetivos. Ele é determinado!
            Além do mais, eles se amam. Sei que isto não é o suficiente para manter um relacionamento, mas com certeza é um ótimo começo. Havendo amor, as chances desta relação perdurar são muito boas. Com o tempo, paciência e dedicação, o mesmo amor que gerou uma vida vai fortalecê-los.

... família Douglas.


            Então, aogra, eles serão três. Se você não tem filhos, acredite, a sensação de ver alguém feito de um pedacinho seu misturado com o de quem você ama, transformar-se em uma pessoa, ganhando vida própria a cada dia é algo simplesmente indescritível. Ele se mexe sozinho, sem controle remoto...
            Agora, como futuro avô, lembrar dos momentos que passei com minhas “miniaturazinhas” torna-se algo distante e saudoso. Lembranças marcantes, únicas e inesquecíveis, que usarei para cirar os tópicos à seguir, numa espécie de dicas para eles. Como conselhos, baseados em lembranças das “cousas” que vivi com meus filhos, e que espero, de coração, que esta nova família saboreie seus novos momentos nesta nova jornada, tanto quanto eu saboreei os meus...

... meus rebentos.

NA GRAVIDEZ
           
Esta é a fase mais linda e complicada de todas. Mulheres... se estas já são difíceis por natureza, imagine recheadas então. Você se encanta com aquela curva enorme que substituíu todas as curvas anteriores, com as bochechas fofinhas, mmmm, dá uma vontade de... Pode tirar seu cavalinho da chuva! Ela agora se acha gorda (algo inadmissível para uma mulher!). Sexo, meu caro, vai virar artigo de luxo. Aproveite esses raros momentos para descobrir novas posições. Bem, um dia farão um exame e, no monitor, aquele borrãozinho quase imperceptível é sim o pinto (ou perereca) do bebê. Não se preocupe se você, como pai, não o reconheceu. Simplesmente acredite no que o médico e a mãe dizem ter visto. E, acima de tudo, não discorde nem faça piadas. Nesta fase também haverá variações de humor, de azia, depressão, raiva, desejos de comidas estranhas (nas horas mais impróprias), raivas e muita, muita carência. A regra é simples: quando você percebe que ela está puxando briga à toa, sem nenhum motivo, na verdade ela quer mimos e carinhos. Então, como um Papai Noel, prepare seu enorme saco, arme-se de paciência e aproveite cada momento para acariciar e beijar aquele barrigão. Você também pode falar com seu bebê usando o umbigo dela como microfone. Faça massagens com aquele óleo fedorento na barriga assim, bem devagar, e quando você sentir pela primeira vez o seu rebento se mexer, pode chorar. Se der vergonha, diga que está com alergia, que entrou algo no seu olho...

... Do site potencialgestante.com.br



NASCENDO

            Se você for corajoso, assista ao parto. Eu não fui. Optei em ficar lá fora comendo dúzias de cigarros e dividindo meu nervosismo com outros sofredores. Fique calmo, tranquilo, mas esteja lá. Não invente de sair logo na véspera do nascimento do seu filho(a) nascer e depois chegar à maternidade no outro dia com um bouquet de flores e óculos escuros para esconder a ressaca – isto não pega bem! Quando você ver seu filho pela primeira vez, não se assute: eles nascem asism mesmo, feios, amarrotados e sujos de sangue! E, sim, aquele inchaço no rosto da mãe, as olheiras que lembram uma ursa panda e a expressão de morta-viva vão passar! Prepare-se para pernoitar na maternidade dormindo sentado, digo, descansando, pois você vai acordar muito na sua primeira noite como pai -  a menos que exagere no licor que era para as visitas. Falando nisso, por mais impertinentes que sejam, sim, todos virão neste inoportuno momento para compartilharem de sua felicidade. Seja amável e distribua lembrancinhas e sorrisos a todos. E, beba mais licor!!!

.. Do site marcelomarson.zip.net

OS PRIMEIROS MESES

Tempo de descobertas! Mesmo que dê medo que ele desmonte ao pegá-lo no colo, sempre há alguém experiente para nos ensinar a maneira certa de carregá-los. Evite tocar na cabeça dele, dá agonia! Moleira, para mim é sinônimo de cabeça mole. Por mais vomitão que você seja, uma força estranha vai curá-lo das náuseas pela presença de tanto cocôs fedorentos em seu dia a dia. Sério, acredite, você não vomitará quando descobrir, na hora do jantar, a presença de um cocô-seco em seus dedos, debaixo da unha.

... ecaa!!! do site bombadaofedorento.wordpress.com


É, serás um homem forte! Descobrirá também que esta história que devemos dormir oito horas por dia é exagero. Alias, isto não te pertence mais! De duas em duas horas você, mesmo que não amamente (pelo menos eu não amamentei) vai ter que acordar para fazer o traslado berço-peito, peito-berço, e ainda terá que fazê-lo arrotar antes que durma. Aaaah, o “delicioso” cheirinho que queijo azedo! Ele, enfim, dorme. Você o coloca no berço, deita e, embalado aos roncos da patroa, quando seus olhos começam a fechar, surpresa, duas horas já se passaram. E repete-se todo este ritual de contato físico único com seu bebê. Inesquecível...


AINDA NO COMEÇO

            Este é o começo. E aí surgem as misteriosas cólicas, assim, do nada. Horas balançando-o e quando finalmente ele dorme, você o coloca no berço e –NHÉÉÉÉÉÉÉ... – parece que haviam espinhos no colchão dele. E lá vai você outra vez. A patroa, além de estressada e de quarentena (nada que algumas Playboys não resolvam) vai olhá-lo com olhares insanos. Não se preocupe: é normal. Mas, por precaução, retire facas o objetos cortantes do alcance dela.

...Mantenha a calma. Do site imagensdahora.com.br

          Você vai descobrir como fazer origamis com as roupinhas do seu bebê, levar esguichos de xixi, ser vomitado, talvez até adquirir pavor noturno de tanto choro. Mas, garanto: quando o seu bebê aperta o seu dedo olhando-o nos olhos, ou quando morde o seu nariz com aquela boca “gengiventa”, ou então quando ele dá aquela gargalhada contagiante para você, tudo vai valer à pena! Aí, meu amigo, de novo, pode chorar. Mas, por favor, escondido da patroa...


MISTÉRIOS

E você se tornará um frequentador assíduo das madrugadas hospitalares. Virose: tudo aquilo que os bebês têm, com direito a febre, diarréia e cólicas, e que os médicos não conseguem saber o que é. Então eles chamam isso de Virose! Olha, eles choram muito! Aí os dentes começarão a nascer e você começará a ficar careca. Engraçado é quando eles coçam a gengiva deles no seu dedo ou em alguns objetos apropriados – cenas impagáveis! Falando em mistérios, eu descobri porque os bebês choram bastante: porque o leite materno é salgado. Muito ruim mesmo!!! Nunca mais quero beber aquilo!
... Uma vovó moderna! Do site cirojorge.com.br
Nesta fase, massagens no bebê ajudam muito a acalmá-los. E a nos acalmarmos também. Por último, não importa qual seja a sua crença religiosa, se alguém lhe disser para levar seu bebê a uma benzedeira para tirar o mau olhado e afirmar que isso vai acalmá-lo à noite, não teime: leve-o imediatamente a esta milagreira recomendada – geralmente são identificadas como velhinhas muito pobres, cuja casa está envolta num ar de magia e cheiro de fumaça e de ervas. Eu teimei quando me recomendaram uma e isso me custou muitas noites e sono. Então, embora cético, eu recomendo as rezadeiras... Mistérios...


ANIVERSÁRIO

            Seu bebê já está mais “compacto” agora. É a coisa mais engraçada do mundo vê-lo engatinhando, aquela fraldona que lembra a bunda do Pato Donald. Aliás fraldas, além de serem um reservatório de “rejeitos” também são ótimos amortecedores. Eles estão aprendendo a andar e quando caem sentados o barulho do amortecimento da fralda assusta, mas é algo hilário. Até eles riem.
... Do site www1.folha.uol.com.br
            E então vem a primeira festinha. Um ano! Horas e horas preparando tudo, comendo docinhos e salgadinhos escondido enquanto arruma a mesa, enchendo balões, colando desenhos nas paredes e arrumando as lembrancinhas... E tudo vai ser varrido por um furacão em questão de minutos. Na festa, hordas de adultos a desfilarem suas roupas e seus filhos, reparando em tudo (mulheres!!!). Parentes de ambas as partes tentando se misturar uns com os outros, mas todos em seus respectivos “bandos”. E você lá, tentando ser sociável com todos, bem no meio do fogo cruzado... Claro que a festa é mais para os adultos do que para seu bebê, que às vezes até se asusta com tanto barulho, tanta gente querendo pegá-lo. Não, ele não vai querer sair do colo dos pais para ir no de estranhas mulheres perfumadas (para ele, fedorentas) que falam alto assim. Cuidado ao contratar palhaços – muitas crianças pequenas têm verdadeiro terror deles.
... Palhaçada. Do site revistapegn.globo.com

          E você até pode convidar aquele seu “amigo-de-farra” que você não vê ha muito tempo e arriscar umas cervejas juntos, mas com certeza você estará tão ocupado que tomará sua “birra” em prestações, e ainda quente. Mas, o melhor vem depois: arrumar e limpar toda aquela bagunça. Então, antes disso acontecer, aproveite e brinque, rasteje bastante pelo chão e se suje o máximo possível. Aproveite a festa!!! Ainda bem que as fotos que ficam para você ver anos depois não mostram esses detalhes...
... do blog cherrybombtre.blogspot.com



OS OUTROS

            Quando uma nova família se forma a “cousa” mais normal do mundo é o “DEDO ALHEIO”. Sim, todos vão dar palpites e lhe dizer o que é melhor para vocês. Ainda mais quando o casal é jovem e não tão independente financeiramente falando. Parentes a amigos geralmente querem o nosso bem, e sim, ajudam muito. O problema é que muitas vezes os conselhos vêm em tons imperativos, e estes conselheiros muitas vezes esquecem que eles não são os donos da verdade. Isso é complicado de lidar, mas com bom senso, discernimento, determinação e uma enoooorme paciência dá pra tirar de letra.
... Defendendo seu território. Do site bebidaliberada.com.br
           Basta ter sabedoria para aceitar algumas opiniões e descartar outras. Mostrar às pessoas que você as ouve, que aprecia suas opiniões, mas que também tem suas verdades e seus caminhos. Defender seu espaço, sua família. Isso sendo sempre educado. Em outras palavras, você tem que ser um cara político, no bom sentido da palavra!


CRESCENDO

... Do blog manualbebe.blogspot.com
            Aí seu filho finalmente se torna útil. Passa a ser capaz de lhe alcançar pequenos objetos numa simples ordem. Logo sua utilidade estará completa quando lhe trouxer a cerveja sem derramar uma gota. Ele já faz suas necessidadesno lugar correto, embora você ainda tenha que continuar convivendo com os cocôs por mais algum tempo. Afinal, limpar a própria bunda não é algo que se aprende da noite para  dia. Mas, ânimo, você consgue! E ele vai para a escola. Ou creche. Isso dói muito, principalmente se você se colocar no lugar dele para descobrir o porquê de tanto choro. Ele não entende o motivo daquela separação brusca. Sente-se abandonado pelos pais, largado em um lugar cheio de outros chorões e adultos estranhos. Para superar ste momento, minha tática foi bem simples: eu era o encarregado de estacionar o caro na fernte da creche. A tarefa pior ficou para a mãe: abandoná-lo! E eu, o pai-herói, o salvador, ia buscá-lo na hora da saída. “Não chore, papai veio te salvar” “A mamãe malvada, te deixou aqui sozinho, né?!?!”. Infalível...


CRESCENDO MAIS AINDA
.. e foram crescendo...
            Então ele vai crescendo e, na mesma proporção, afastando-se de vocês. Passará mais tempo na escola, em outras atividades e com os amigos do que com a família. Ele vai descobrindo o mundo. Terá seus círculos sociais, afinidades, alegrias, frustrações e muitas, muitas perguntas. A idade dos porquês nos obriga a estudarmos, a lermos mais. Rever a rançosa matemática, a esquecida e empoeirada história: “Era Dom João de que..?!”, “Nossa, eu já estudei isso, deixa eu pensaaar...”.
.. Cresceram tanto que até me carregaram no colo.

           Meu conselho aqui é bem simples: procure estar sempre presente, por mais que ele se afaste. Sempre presente! Converse muito com ele. E, mais do que conversas em tons de conselhos ou sermões, procure escutá-lo de verdade. Ouça os pequenos “vaziozinhos” que ele tem a dizer. Crie um canal de confiança entre você e ele, para que ele saiba que, na dúvida, você estará sempre ali. Eu tentei isto com meus filhos. Mais importante que ser um pai é ser  AMIGO.


O MUNDO
... sem comentários sobre meus rebentos!!!
            Até o dia em que seu filho se vai. Mesmo ainda morando com você, ele vai embora. Vai para o mundo, pois agora ele será uma pessoa, alguém como você, com vontade própria, que vai sair atrás de seus objetivos, em busca dos seus sonhos – estes geralmente não baterão com os dos pais. Relaxe, não tente dizer-lhe o que seguir e sim dê-lhe confiança suficiente em sua busca. Ele vai conhecer muitas pessoas, ter seus relacionamentos , sexo mesmo (essa parte dá um medo!!!), vai se apaioxonar, ser feliz, ter seus deslizes e desilusões, acertos e erros. Vai ter que processar tudo o que lhe acontece da maneira mais positiva possível. E, claro, vai precisar muito de um amigo. E finalmente, se você tiver sorte, ele vai promovê-lo a avô. Ou vovô. Então aí, meu caro, você estará no ponto onde me encontro: sem saber o que fazer, de tão feliz. E, de tão feliz, bôbo, alardeando aos quatro cantos do planeta: “EU VOU SER VÔ!!!!!”

... Vovô!!!! Do blog overdadeiromanual.blogspot.com
            Então é isso aí. Obrigado, Sr. Douglas e Srª. Leidiana. Obrigado mesmo por esta promoção. Estudarei e criarei um “Manual do Avô”. Um último conselho: cuidem bem desta criança. Aproveitem cada momento junto dela. Encham-na de beijos, abraços e mimos. Cheirem ela bastante. Busquem sempre o melhor, para ela e para vocês. Cresçam junto dela e tenham muita paciência. Procurem aprender com tudo o que virá, percebam sempre o porquê de cada acontecimento em suas vidas. E acima de tudo, sejam sempre sinceros entre vocês. Pois vocês agora são uma família! Sejam sempre uma família. Juntos.

Yeah!!!! Do blog erasooqfaltava.blogspot.com

            E você, Sr. Douglas, quando a situação estiver aparentemente insustentável, acalme-se. Pense, repense... Não tome atitudes impensadas. Muitas vezes temos que relevar a nós mesmos, principalmente em relação à família. Sem egoísmos. Não queira ficar longe do seu “rebento”, pois ele sempre vai precisar de você. Por mais que se possa justificar a dissolução e um relacionamento, uma separação, a sensação de se estar longe de um filho nunca é justificada. Isto sim é uma culpa difícil de se carregar...
... Do blogesconderijodojuninho.blogspot.com

            Chega!!!
Preparem-se, ano que vem estarei aí para coinhecer meu neto. Ou neta. Pretendo mimar bastante esta criança e “estragá-la” de tanto chamego e carinho. Vou jogá-la para cima, agarrá-la, apertar suas bochechas e colocá-la para dormir no meu colo, como fiz com os meus, andando e cantando rock dos anos 80. Afinal, assim como a tarefa dos pais é educar seu filho com amor e disciplina, a dos avós é deseducar seus netos, com muito amor e condescendência...
... sem comentários mesmo!!! Do site piadas.com.br
*************** **************ATENÇÃO ****************************************
DIA 13 ESTAREI DE "FÉRIAS". VIAJO PELO VELHO MUNDO E RETORNO AO BRASIL DIA 15, ENTÃO, NÃO FIQUEM CHATEADOS SE EU NÃO RESPONDER SEU COMENTÁRIO AGORA. QUANDO VOLTAR CONTO SOBRE A VIAGEM...
... Faz calor no velho mundo. Do site plantaobrasil.com...

terça-feira, 31 de maio de 2011

SURF

.. do site ynner.com.br

SURFAR

Talvez você tenha reparado que em tudo o que escrevo, quase sempre encontro uma brecha para citar o surf. Se foi meu aluno ou conhece alguém que sobreviveu às minhas aulas, sabe que o mesmo acontece lá. Tendo trabalhado, estudado ou simplesmente convivido comigo, não é novidade para você que eu surfo. E, caso não me conheça, basta ver a foto no meu perfil deste Blog ou no meu Orkut para ter certeza de que sim, eu surfo!
... sim, sou eu surfando. Já viu esta foto? Claro, no começo deste blog.


O SURF

O surf entrou em minha vida no começo dos meus 16 anos, meio sem querer. Quase que a contragosto. Mas, desde que tive meu primeiro contato com uma prancha, houve em mim algo meio místico, que se tornou como um vício, parte de mim. Após meu primeiro contato aconteceu uma "cousa" mágica que se transformou num vício, parte de mim. E desde então, nunca mais parei. Mesmo agora, morando longe do mar, minha cabeça segue lá, indo e vindo com as marés. O surf simplesmente está em mim pois ainda hoje, aos 43 anos, continuo com aquela “doença surfística” que me faz ver ondas nas formas mais insólitas e imperceptíveis aos demais mortais.
... do site bate-volta.com
             Como quando a ponta do tapete fica dobrada assim, em curva: vejo uma onda tubular perfeita, daquelas que quebram sobre uma bancada de coral, bem cavada! Ou quando o ônibus em que viajo, geralmente em pé (questão de educação, baby!) passa por baixo de um viaduto mais extenso, bem, deve ser engraçado aos olhos dos demais passageiros: flexiono os joelhos abaixando-me levemente e mantenho o equilíbrio, braço estendido assim. Estou dentro de um tubãããoo...!!!

... até o céu àsvezes me chama para o surf. Do site bocaberta.org
             Ou então em meu novo brinquedo que me foi gentilmente presenteado pelo meu irmão Francisco “Bebo”: o Skate Longboard! Muitos dos movimentos e a própria postura do surf são reproduzidos nele. É como surfar num pranchão, sem praia. Valeu Brow!!!

... surfando sem praia. E a Luna segue dormindo...
 
POR QUE FALAR DO SURF?

Bem, se você pensa que gosto de alardear aos quatro cantos que sou surfista para que as pessoas me admirem (vulgo para me mostrar), então lamento decepcioná-lo. Você está redondamente enganado.
Desde quando comecei a surfar tenho vivido situações únicas e especiais, momentos simplesmente mágicos, todos graças ao surf. E se estou sempre mencionando-o, um dos motivos é o de querer dividir tais alegrias com as demais pessoas. Compartilhar com todos esses momentos sublimes que só os surfistas conhecem. Afinal, embora eu seja extremamente egoísta com minha prancha, no geral acredito que as “cousas” boas, como felicidade, devem ser disseminadas. Tentar contagiar os outros com bons sentimentos. Penso: as pessoas têm uma tendência natural a admirarem desgraças em geral. Repare no congestionamento de curiosos próximo a um acidente de trânsito. Ou então no índice de popularidade desses programas sensacionalistas que invadem a TV com violência em excesso. Tragédias e desgraças sempre estão em destaque, como se precisássemos disso para viver. Então, que tal revertermos isto? Espalhar alegria talvez seja um importante passo para conseguirmos um mundo melhor. Fazer o que se eu sou um cara legal?
... paz...Do blog tacmgtacomdeus.blogspot.com
 Outro motivo – não menos importante - de eu gritar aos quatro cantos que sou surfista é o de quebrar tabus. Em pleno século XXI há muitas pessoas que AINDA têm aquela visão estúpida de que todo surfista é um maconheiro-vagabundo. Um ser bitolado, alheio ao mundo, que traz consigo sempre um semblante estúpido estampado no rosto. "Aêêêê...”, “O cara está sempre assim, viajandão. Não fala coisa com coisa, não leva nada a sério!”.  Entendo o porquê das pessoas pensarem isso. Elas estão tão perdidas em suas “vidinhas” regidas por regras tão mecanicamente estressantes que não conseguem aceitar a nossa alegria, a nossa paz. Elas não entendem a satisfação em nossos olhares após um bom dia de surf.
Então, lá estão meus alunos, tentando decifrar os caprichos do computador sob minha orientação. Bits & Bytes, formatação, tabulação, fórmulas, tabelas dinâmicas – naquele momento eles me vêem como o professor: um homem inteligente. Muitos admiram minhas aulas, minha didática e a facilidade com que tenho para transmitir meus conhecimentos. Geralmente procuro valer-me de analogias entre o mundo virtual e o real para garantir melhor uma compreensão por parte dos alunos. E ainda, mais que o conteúdo pré-estabelecido, gosto de abordar - através de histórias pessoais e até piadas - assuntos diversos e atuais, para discutirmos mesmo, pois pensar sempre é bom.

... eu, ainda com cabelos, por volta de 1992, Professurf!!!
  E aí, surpresa: o tal inteligente professor é surfista! Então, por dedução, nem todo o surfista é burro. Rompendo tal conceito, ajudo a desmistificar e desmarginalizar o surf, destruindo a idéia pré-concebida que as pessoas têm em relação a nós surfistas. E, se possível, ainda incentivo alguns a surfarem, pois assim descobrirão que o surf é muito mais que um esporte: é um modo de pensar. È um estilo de vida. E bem peculiar...

BENEFÍCIOS DO SURF
 
Digo aqui que o surf tem me dado uma ótima saúde e preparo físico, apesar de tantos cigarros e bebidas que se armazenaram em meu corpo ao longo desses anos. Além dos benefícios físicos há os mentais. Sim, o surf me fez ver as “cousas” de outra maneira. Surfando aprendi a ter mais confiança em mim mesmo e no mundo ao meu redor. A paz que sinto, resultante de mais da metade da minha vida surfando, me faz, por conseqüência, viver mais harmoniosamente com os demais. Hoje estou certo que a vida é como o mar pois está num equilíbrio perfeito. Nao importa como está meu dia hoje, ele está do jeito que deve estar agora. E se hoje não deu onda, melhor nadar, mergulhar, aproveitar este momento aqui, pois com certeza as ondas virão. Com certeza!
... do blog readsurfing.blogspot.com
 
Por último, o hábito de surfar sintonizou-me com minha intuição. Sentir, saber o momento e o lugar certo para poder pegar as melhores ondas, que lado ir, qual manobra fazer e em que parte da onda, com que força: ler a onda, senti-la. Tente aplicar isto no seu dia a dia...

COMO TUDO COMEÇOU

            Boa parte da minha vida morei em cidades praianas, graças ao “vechio”, que como eu, possui guelras e escamas. Eram tantas horas de praia que, para mim CALADRYL tem um cheirinho gostoso de infância. 

... viva a infância!!!

Até adolescer eu nunca tinha surfado, a não ser de jacaré. E estava a aprendendo a praticar Windsurf. Como muitos “babacas” daquela época, pensava que todo surfista era um “cabeça-de-vento”. Via alguns tipos com seus cabelos parafinados, rindo o tempo todo e os achava ridículos. Também me parecia besta a idéia de deitar numa prancha, remar até o fundo tendo que transpor as ondas e ficar lá sentado um tempão esperando o momento certo para poder me divertir. Aí, ficar só alguns poucos minutos em pé até tudo acabar, para então ter que recomeçar tudo outra vez.
E foi com esta “tacanha” mentalidade que em 1984, meados de janeiro, decidi experimentar o surf. Na Praia Grande, São Francisco do Sul/SC. Insistência de um amigo mais velho, o Rogério, já na época surfista experiente. Este cara foi meu “tutor” e vive lá até hoje, tocando uma petiscaria e pousada (Avenida Atlântica-Enseada São Francisco do Sul/SC, Fone 47 - 3449-0295). Vale à pena conferir...
... Praia Grande, São Chico, aaaaaltas ondas!!! Do site wannasurf.com
 E lá fomos nós, eu e meu irmão mais velho, marinheiros, digo, surfistas de primeira viagem. As ondas estavam fortes naquele dia e descobri, a duras penas, que era mais fácil ver alguém deitado remando em sua prancha do que fazê-lo. Cheguei a pensar que a “minha” estivesse estragada, pois ela não parava de dançar sob meu corpo. Demorou uma eternidade para eu remar até o fundo (outside) e passar a arrebentação. Lá chegando, missão impossível: sentar-me na prancha. Parecia que eu estava em um rodeio a montar uma égua brava. A prancha simplesmente não ficava parada: ora afundava o bico levando-me para baixo, de ponta cabeça mesmo, ora disparava do meio de minhas pernas tal qual um foguete, voando rápida e ameaçando decepar quem estivesse em seu caminho. Era muito difícil. E muito engraçado também. Lembro da dor nas bochechas de tanto que ri. Todos nós ríamos sem parar, de tudo.Tentar pegar uma onda então era algo quase impensável. Quase, pois recordo a primeira que desci, deitado mesmo. Não conseguirei, por mais que tente, descrever tal sensação, mas guardo-a comigo até hoje. Só digo que o que senti impulsionou-me a voltar, tudo de novo, pois eu precisava mais daquilo. E assim foi, e todas as tentativas de ficar em pé até então eram um fiasco. Mas, um fiasco gostoso!
... siniistro!!! Do site esporte.uol.com.br
E, fiquei em pé! Minha primeira “surfada” de verdade não deve ter durado mais que 10 segundos. O mundo se movia ali, sob meus pés, e eu sentia toda a força da água debaixo da prancha. E a “manobra” saiu assim, automaticamente instintiva: primeiro um “Reto-side”, seguindo a espuma, reto, em direção à praia, e depois um belo de um “Imbick-back”, a prancha embicou e caí de cara na água, bochechas explodindo de dor e sorriso aberto, engolindo todo o oceano. Isto bastou: ali, definitivamente eu fui mordido pelo "bicho-do-surf", uma febre que, mesmo após 27 anos, não passou. E, espero, nunca passará.


COUSAS DO SURF

... do site ivebeenthere.co.uk
             Em todos esses anos de surf tive muitas pranchas, tantas que não consigo precisar quantas foram. Mesmo assim, lembro direitinho dos detalhes de muitas delas e de quais foram as melhores. Já surfei em tantas praias que também já perdi esta conta. Mas, cada vez que escuto seus nomes ou vejo fotos delas, lembro dos muitos bons momentos que passei em cada uma delas. Simplesmente inesquecíveis. Também tive muitos, muitos amigos e amigas de surf. Pessoas que comigo compartilharam tantos momentos, digamos, inenarráveis. Alguns desses amigos eu nunca soube seus nomes, nem o que faziam além de surfarem. Outros sequer falavam o mesmo idioma que eu. Também há os que a amizade ultrapassou a linha do surf, e conviveram comigo em diversas outras situações. Mas, todos eles tiveram algo em comum: nos momentos em que dividíamos as ondas, havia entre nós a mesma sintonia e boas vibrações. Camaradagem mesmo, daquelas que se sente com pessoas especiais. É, o surf tem dessas “cousas”...
... nossos melhores amigos também surfam. Do site archive.constantcontact.com
             Sei de muitas pessoas que fizeram do surf simplesmente seu ganha-pão. Profissão mesmo, alguns inclusive com salários bem mais polpudos que muitos doutores diplomados. Uns são pagos para participarem de campeonatos e, seja no Brasil ou no exterior, eles têm a obrigação de obterem boas colocações nestes eventos. Outros recebem seus rendimentos por viajarem pelo mundo em atrás de ondas perfeitas. Sua missão é aparecer no maior número de fotos possível, pois assim seus patrocinadores terão retorno garantido. Em ambos os casos, sua postura fora da água também lhe é cobrada. Envolvimento com drogas, brigas ou quaisquer atividades digamos, ilícitas, podem custar seus empregos. Empregos estes que dispensam gravatas e sapatos, cujos escritórios são ao ar livre, tendo como mesa de trabalho as pranchas. E suas rotinas, surfar e surfar cada vez mais. Vidão!!!!

... sem cometários. Do blog surfpe.blogspot.com
 
MAIS DO SURF

            Particularmente, admiro muito quem optou em viver assim, mas, para mim, tenho o surf como uma válvula de escape.  Algo que representa para mim uma “NÃO-OBRIGAÇÃO”. Em alguns momentos o surf pode ser a minha fuga da realidade, fugir de alguma situação ruim que eu esteja vivendo. Em outros, ele é a minha realidade, minha cetreza, existência, meu lugar preferido em meio este mundo tão incoerente em que vivemos. Pois quando estou surfando, simplesmente me desconecto de tudo isto aqui e entro em sintonia com outro mundo. Um mundo que flui de outra maneira.
... cousas do surf. Do site minilua.com
             Ali, surfando, estou no mar, água em constante movimento, conseqüência de uma energia muito forte que gera as ondas. As ondas “surfáveis” geralmente são formadas por grandes tempestades que ocorrem no meio dos oceanos e que, dependendo de sua intensidade e direção, formam ondulações que viajam por milhres de quilômetros, ultrapassando qualquer barreira política ou geográfica imposta pelo homem.
... clique para aumentar e entender melhor. Do site floripasurfclub.com.br
 
            Quando estas ondulações (SWELLS) se aproximam das praias elas s deparam com a diminuição da profundidade. Assim as ondas vão ganhando forma e tamanho, de acordo com o tipo de fundo daquela praia, dentre outros fatores. E eu, ganhando prazer! Prazer não em domá-la,s mas em “fazer” a onda de acordo com o que ela pede. Em surfa-la.
.. assim elas começam. Do site biosleep.com.br
              Lembro quando eu tinha o hábito de esperar o sol nascer já dentro d’água, todos os dias, surfando. Aquelas duas horinhas de surf matinal me faziam chegar ao trabalho “assim”, sorrisão aberto de uma orelha a outra. Os demais mortais, colegas de trabalho, não compreendiam tal felicidade em plena segunda-feira de manhã. Nem na terça, quarta, quinta ou sexta-feira. Alguns deviam simplesmente me achar um sujeito meio “abobalhado”. Sei de outros também que confabulavam entre si (FOFOCAVAM) que tudo era culpa da "Cannabis”, pois nunca que meus olhos vermelhos assim poderiam ser só da água salgada. Muito menos aquele constante alto astral e despreocupação...

... momentos mágicos. Do site colinrdelaney.wordpress.com
HISTÓRIAS PESSOAIS - CRONOLOGIA

            Cronologicamente falando, nos três anos que morei em Joinville, o surf resumia-se aos verões e às estadas solitárias durante o inverno em nossa casa de praia. É justamente nesta época que as ondas aparecem maiores, mais fortes, perfeitas. E geladas também. Naquela época não havia roupa de neoprene. Água gelada+Inverno em Santa Catarina = Hipotermia que te deixa com a pele de galinha!!!”.


... em Natal. Concentração total...
            Ao completar dezoito fomos todos morar em Natal/RN e veja só, na praia de Ponta Negra. Incontáveis sessões diárias de surf, atrapalhadas por algumas esporádicas idas à Universidade. Foram oito anos entre casamentos, filhos, divórcios, “re-casamentos”, e o surf ainda comigo. Durante este período vaguei por diversas praias da região, muitas vezes dormindo em barracas ou até mesmo na capa da prancha. Lembro da hoje famosa praia de Pipa, na época reduto de surfistas e outros malucos, quando dormíamos acampados em frente ao “pico”, debaixo de um grande abacateiro. Eram dias inteiros de surf e noites de muitas fogueiras e interação com os nativos e malucos em geral.
.. perfeição em Pipa/RN. Do site waves.terra.com.br
             Após esse tempo fui morar na Venezuela, onde nos dois anos seguintes tive grandes lições de vida mas pouco de surf. Pouquíssimas caídas, e em dias de poucas ondas. Mesmo assim, mar do Caribe, água quente e transparente, pelicanos voando bem pertinho e muita, muita natureza. Era muito estranho ficar tão longe do surf, que às vezes eu surfava numa tábua apoiada em um tronco bem grande caído no chão. Ajudava a manter o equilíbrio do surf – e a fazer com que “mis vecinos” cada vez mais desconfiassem da minha sanidade.
.. do site solostocks.com.br
            Voltando ao Brasil, vinte quilos mais magro e sem prancha, minha mãe, talvez espantada com a mudança. Levou-me a uma “Surf shop” e lá falou: “Filho, escolha uma destas pranchas para você”.Novinha em folha! Nossa, ela é a melhor mãe que eu tenho!E nos dez anos seguintes, descontei todo aquele atraso surfístico: madrugadas, tardes, entardeceres, até em noites de lua cheia eu surfei! Uma década de muito surf!
     
... Ilha do Mel, Pousada Grajagan, na cara do gol...
     
             Há cinco anos em Curitiba, a freqüência do meu surf caiu vertiginosamente. Mesmo assim, quando posso, vou a lugares como a Ilha do mel e algumas praias de Santa Catarina – um dos “Templos Sagrados” do surf brasileiro. E, sim, falei com o Rogério...

O MUNDO QUE GIRA EM TORNO DO SURF

            Não conseguiria hoje contabilizar o quanto já investi no surf. Viagens, bermudas, camisetas de lycra, roupas de neoprene, parafinas, capas de prancha, leashes, roupas de "surfwear" e, claro, pranchas. Fora as revistas. Alias, estas são tantas que, mesmo depois de recomeças a colecioná-las pela terceira ou quarta vez a quantidade de exemplares que possuo extrapolou o espaço físico que as tinha dedicado – elas simplesmente não cabem mais ali. Isto vai gerar uma guerra lá em casa, pois terei que conquistar novos territórios.


... do site boston.com
             Falando em revistas, ao contrário do que se possa pensar elas apresentam muito mais do que belíssimas fotos. Ali há matérias sobre viagens, competição, meio ambiente, dicas e histórias, daquelas que nos fazem pensar sobre tudo, além de outros assuntos. Lembro que, nos primórdios do surf, as primeiras revistas eram um festival de fotos e bundas. Sim, era muito bom, mas já naquela época faltava algo. Não sei se pelo motivo de envelhecermos juntos, a qualidade editorial destas melhorou, e muito. Falo aqui em conteúdo.
Quer conhecer algumas? Então prepare-se:  FLUIR (http://www.fluir.com.br/), HARDCORE (http://www.hardcore.com.br/), ALMASURF(http://www.almasurf.com/), ONDA (http://www.ondamagazine.com/), ONFIRE (http://www.onfiresurfmag.com/), esta última portuguesa e, como as demais, de ótima qualidade.  Cada vez mais estas publicações investem em excelentes escritores, todos eles com água salgada nas veias, como Fred D'orey, Júlio Adler, Otaviano “Taiu” Bueno, Ricardo “Bocão”, Steven Alain, Túlio Brandão, Alex Guaraná, Edinho Leite e muitos, muitos outros.


... isto é o que chamamos de levar uma vaca. Do site foxsports.com.au
Há também inúmeros sites onde você pode saber sobre o mundo do surf em geral, como previsões de ondas em quase todo o mundo e tudo sobre o universo do surf. Se você ainda não conhece, acesse algum como o http://www.waves.com.br/ e navegue sem medo. Conheça os links para histórias, fotos e matérias em geral. Você não vai se decepcionar.

            ISTO É O SURF, BROW...

Isso, meus camaradas, é um pouco do que lhes ofereço sobre o mundo do surf. Quer saber o que mais se pode viver surfando? Então leia algumas “cousas” que já vivi graças ao surf.


... essa eu gosot! Do site atitude-surf.com
            Ensinei meus três filhos a surfarem quando eles davam ainda seus primeiros passos. Dois deles, coincidentemente os tatuados, ainda surfam. Meus enteados(as), também ensinei, assim como muitos amigos(as) e filhos(as) de amigos(as).


... levando o enteado-amigo Gabriel para o bom caminho.
          Tive o prazer de dividir a mesma onda com meus herdeiros. E com meu “pai-peixe” também, que muitas vezes ficava lá no fundo comigo nadando por ali.


... família surf e um amigo junto. Yeah, parece que foi ontem.
            Surfei com gente famosa e com desconhecidos: homens, mulheres, ricos e pobres. Já me assustei com tartarugas marinhas e peixe-boi ao meu lado. Toquei golfinhos que nadavam ao meu redor. Gelei de medo com o tamanho da baleia que pulou ao meu lado.
            Peguei onda em saídas de esgoto por onde boiavam os temidos “cocozes humannus”. Pulei das pedras, tendo que esperar a hora certa, quando vinha a onda para me levar para o fundo – não dava pra pensar em errar o momento. Surfei ondas que passavam por baixo de um trapiche (um tipo de ponte para barcos), e foi alucinante!

... nem minha enteadamiga Yasmin escapou do surf...
            Sim, já surfei pelado, de ressaca, e também bêbado, em momentos diferentes, claro. Também surfei sob a lua cheia muitas vezes, completamente sozinho, encolhendo os dedos dos pés cada vez que lembrava que tubarões não dormem à noite. Uma vez saí do mar cm meu cunhado (meu último aluno de surf), driblando os raios que caíam pertinho de nós durante uma “senhora” tempestade.

... clique para ler. Do ste oba_la_vem_ela.blig.ig.com.br
            Fiz inúmeros sacrifícios para ir surfar, como ir de carona num caminhão, lá atrás, dividindo o espaço com a prancha e umas caixas de som gigantes sacudindo sem parar, sendo açoitado pelas folhas à margem da estrada e engolindo mosquitos o tempo todo. Também coloquei nove pessoas e três pranchas dentro de um fusca - não me pergunte como eu fiz isso - numa noite que chovia mais dentro do carro do que lá fora. Dormi em varandas e casas de veraneio sem saber quem eram seus donos, em suas “confortáveis” áreas.
             Desesperado para não perder um "swell" que entraria de jeito em Ponta Negra naquela semana, bem na hora em que eu deveria estar dando aula, bolei uma aula inaugural de Excel na praia. Isso mesmo, Excel na praia, e sem computadores. Três turmas juntas, alunos satisfeitíssimos e surfei boas ondas. Ah, e ainda me pagaram para isso...

... conferindo as tarefas dos alunos - aula de Excel na praia...
            Uma vez deixei minha prancha no guarda-volumes da biblioteca da Universidade Federal, pois após o trabalho em grupo o fim de tarde prometia boas ondas. Circulei pelo centro de Curitiba com meu filho mais novo carregando minha prancha nova, sob os olhares curiosos e sérios tipicamente curitibanos...
            Esses são alguns dos muitos momentos e situações vividas, tudo em troca do prazer de estar lá fora e surfar outra vez, e de novo, outra vez...


... do site surfecult.com
             Ninguém pode prever o futuro, mas uma “cousa” eu espero do meu: tal qual o Sr. Doc Paskovitz, (www.paskowitz.com) quero estar sempre surfando. Sempre, até meu corpo não mais agüentar.

... Doc, exemplo de vida. Do site doc paskowitz_boardistan.com
           Então, depois disto, quando só me restar o software, surfarei na mente, nas lembranças, e viverei novamente todas as sensações que o surf me deu. De novo, e de novo...

... nem morto eu paro de surfar! do site recadosinsanos.com.br
             E você, quando vai começar a surfar?


... Surf, uma luz no fim do tubo. do site reggaeportodavida.blogspot.com

...de última hora: Graande amigo Marcelo "Cabeção", recém chegado de Pasti....Yeahhh!!!